A Polícia Judiciária (PJ) está investigar alegadas fraudes envolvendo certa de 200 milhões de euros na obtenção de fundos europeus, tendo aberto 43 investigações e constituindo arguidas 93 pessoas e firmas. A notícia é avançada este domingo pelo Jornal de Notícias, que cita fonte da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.

As alegadas burlas envolvem facturas inflacionadas e falsas, a criação de um ‘carrossel’ de empresas destinadas a criar um labirinto contabilístico para canalizar despesas fictícias ou com simples falsificações de documentos, dezenas de milhões de euros de subsídios são desviados todos os anos em Portugal.

De acordo com essa fonte, “uma das áreas mais sujeitas à fraude é a da formação profissional, composta por centenas de pequenas empresas ou associações”.

Outras áreas onde a PJ tem mais inquéritos abertos são “a investigação e o desenvolvimento tecnológico, a agricultura e pescas, além da internacionalização”.

Desde 2014, avança ainda o JN, “são 954 [os] arguidos envolvidos em 299 investigações que a UNCC teve ou tem na mira”, lê-se na notícia.

Um dos casos mais recentes de suspeita de uso indevido de fundos comunitários envolve o empresário Manuel Serrão e jornalista Júlio Magalhães, alvos de buscas da PJ.