A luta de Ana Tijoux agora faz-se pelo amor
Dez anos depois, a rapper chilena volta aos discos. Vida é menos protesto e mais celebração. Uma outra forma de fazer política e luto.
Passou-se muito tempo. Dez anos desde que a rapper chilena Ana Tijoux lançou o anterior álbum, Vengo. Mas passou rápido também no seu relógio pessoal, ocupada a ser mãe, a correr os palcos do mundo desde que a sua música ganhou fogo e uma dimensão muito além do circuito do hip-hop, levando-a até palcos e festivais das músicas do mundo, mais afinados com um discurso político ou simplesmente sintonizados em artistas que mostrem ser relevantes para a criação contemporânea. E emergiu, por outro lado, um crescente desconforto entre a velocidade da indústria musical – que lhe diz “não pares de gravar, não pares de produzir” – e a sua velocidade de digestão de sentimentos e de consequente labor criativo. Enquanto o tempo pessoal se esfuma, admite, em ciclos de períodos escolas, aniversários, férias, festas de família, mais os afazeres permanentes de “ir ao supermercado, pagar facturas, etc.”.
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