Margarida Blasco acredita que vai chegar a “porto muito seguro” com as polícias

Questionada sobre se Governo tem folga orçamental para satisfazer reivindicação, ministra respondeu: “Isso tem de perguntar ao ministro das Finanças”.

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Ministra da Administração Interna deixa reivindicações das forças de segurança nas mãos das Finanças Daniel Rocha
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A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, mostrou-se esta sexta-feira convicta de que vai conseguir chegar a um entendimento com os representantes sindicais das forças de segurança, mas remeteu para as Finanças a avaliação das condições orçamentais para satisfazer as reivindicações da classe.

"Nada é fácil neste mundo. Mas com o trabalho e a boa vontade de todos, acho que vamos alcançar um porto muito seguro para todos", afirmou a governante aos jornalistas, à entrada para a cerimónia de tomada de posse dos novos secretários de Estado.

Em causa está a reivindicação dos agentes da PSP e militares da GNR para que lhes seja atribuído o suplemento de missão já concedido à Polícia Judiciária, exigência que o primeiro-ministro Luís Montenegro, durante da campanha eleitoral, considerou justa, sem no entanto se ter vinculado a valores concretos.

Margarida Blasco adiantou que as datas para se reunir com os representantes das forças de segurança serão anunciadas posteriormente e considerou que a solução terá de ser encontrada através do diálogo com todos os representantes do sector."É em conjunto que temos de encontrar as soluções", afirmou.

Questionada sobre se o Governo tem folga orçamental para satisfazer esta reivindicação, respondeu: "Isso tem de perguntar ao ministro das Finanças".

"Estamos cá e aceitámos o desafio exactamente para trabalharmos e conseguirmos chegar a uma solução de consenso", insistiu Margarida Blasco.

No final de Março, a plataforma que junta estruturas da PSP e GNR defendeu que a nova ministra da Administração Interna tem de resolver urgentemente a atribuição do suplemento de missão aos polícias, considerando que assume a pasta num "momento extremamente difícil".