Concentração de pólen elevada em Portugal Continental

Junção de pólenes com poeiras pode ser danosa para doentes respiratórios ou com patologias cutâneas.

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Esta concentração de grãos de pólen é "perfeitamente normal" na Primavera Jose Sergio
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Os níveis de pólen vão manter-se elevados em todas as regiões de Portugal Continental, pelo menos até 11 de Abril, segundo o boletim polínico divulgado nesta sexta-feira, 5, pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC). A junção dos pólenes com as poeiras pode agravar os sintomas de doentes respiratórios ou com patologias cutâneas.

Desde o início da Primavera, a SPAIC já divulgou três boletins polínicos. Este – que dá as previsões até à próxima quinta-feira – é o primeiro em que surge um nível elevado de concentração de grãos de pólen para todas as regiões de Portugal Continental. Ana Morête, presidente da SPAIC, afirma que estas concentrações são “perfeitamente naturais” para a altura do ano em que nos encontramos, devido ao aumento das temperaturas e ao vento necessário para transportar os grãos de pólen.

O que preocupa estes especialistas são as poeiras dos próximos dias, que “agridem a superfície dos pólenes” e “causam uma agudização dos sintomas dos doentes”. Esta mistura de poeiras, pólenes e nuvens afecta não só quem tem doenças respiratórias, como a asma, mas também os doentes que sofrem de patologias cutâneas, como a dermatite atópica.

Na região de Lisboa e Setúbal, os grãos de pólen dos plátanos, pinheiros, carvalhos, sobreiros e azinheiras são os principais culpados pela concentração elevada na atmosfera. Também os grãos de pólen das gramíneas, azedas, tanchagens, urtigas e urticáceas podem afectar os mais sensíveis.

Mais a norte, na região Entre Douro e Minho, são os ciprestes, plátanos, pinheiros, bétulas, carvalhos e sobreiros os que apresentam grãos de pólen com maior concentração. Além destas árvores, os grãos das ervas gramíneas, urtiga e urticáceas também se encontram no ar.

Em Trás-os-Montes e Alto Douro, a tendência mantém-se. Os grãos de pólen das árvores cipreste, plátano, pinheiro, bétula, carvalhos, sobreiro e azinheira e das ervas gramíneas, urtigas e urticáceas estão em concentrações elevadas na atmosfera.

Na região da Beira Litoral são os grãos de pólen dos ciprestes, plátanos, pinheiros, carvalhos, sobreiros e azinheiras e das ervas gramíneas, azeda, urtiga e urticáceas que predominam no ar.

Quem vive na região da Beira Interior será afectado pelos grãos de pólen em concentrações elevadas. Os grãos das árvores cipreste, plátano, pinheiro, carvalhos, sobreiro e azinheira e das ervas gramíneas, azeda, tanchagem, urtiga e urticáceas são os que se encontram mais na atmosfera.

No Algarve, são os grãos dos ciprestes, plátanos, pinheiros, carvalhos, sobreiros e azinheiras que apresentam concentrações mais elevadas. Também as ervas gramíneas, azeda, tanchagem, quenopódio, urtiga e urticáceas podem ser problemáticas, principalmente para quem tem problemas respiratórios.

Tanto na Madeira como nos Açores esperam-se níveis baixos de concentração de grãos de pólen na atmosfera. Segundo a presidente da SPAIC, esta assincronia prende-se com as diferentes condições atmosféricas sentidas no continente e nas regiões autónomas.

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