O Bicho (e as suas delícias) muda-se para o Porto e vai crescer

Padaria artesanal, café e refeições. O projecto Bicho nasceu na Póvoa de Varzim e lá para Maio promete estar — cem por cento biológico — no número 72 da rua do Breiner, no Porto.

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O Bicho vai deixar de ser só da Póvoa Teresa Pacheco Miranda
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Faz três anos em Maio que a Fugas foi conhecer uma padaria que era um bicho estranho numa “pequena bolhinha” que era a Póvoa de Varzim. Três anos depois, o Bicho — Pão, Café & Comida anunciou uma "novidade de verdade no dia das mentiras". "Vamos abrir o Bicho no Porto".

Se a nova conta de Instagram (ainda) é o caos de obras, de roços para cabos e tubos e de materiais pouco comestíveis, os fundadores do Bicho têm tudo pensado para abrir o novo espaço no próximo mês de Maio com tudo o que os seus clientes, velhos e novos, têm direito.

Essa foi precisamente uma das razões para a mutação do Bicho. "Há clientes do Porto que vêm de propósito à Póvoa de Varzim", explica à Fugas Teresa Justo, uma das fundadoras do projecto (juntamente com António Pedro e Pedro Neves). A evolução, diz, "faz parte dos desafios" da equipa, que vai "manter o Bicho na Póvoa" também por ser "importante para a cidade".

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O espaço no Porto deve abrir em Maio Teresa Pacheco Miranda

Se a ideia era abrir um posto tipo "grab and go, pequeno" para dar resposta aos cafés e restaurantes que já serviam no Porto e arredores, o projecto rapidamente cresceu quando descobriram o espaço "grande" no número 72, da Rua do Breiner, uma zona que a equipa do Bicho conhece bem. "Tinha que ser padaria e café com serviço de mesa", justifica à Fugas Teresa Justo, uma das fundadoras do projecto original.

Em vez de ser "um braço do Bicho", o espaço no Porto, que deverá abrir as portas na segunda metade de Maio, passa a ser o Bicho propriamente dito. "Será um bocadinho maior. Desafiamo-nos mais". O novo Bicho terá uma carta fixa, à semelhança do que já acontece na Póvoa (com a Tosta de Ovos e as panquecas e os especiais mensais), mas toda ela será retocada e "melhorada". A equipa também cresce. O trio original já ganhou mais sete pessoas. O Bicho passa a ter duas equipas e uma gestão comum — e uma pessoa que se dedica apenas à revenda. Essa será, aliás, uma das forças do novo Bicho no centro do Porto: as entregas diárias aos restaurantes e cafés que há muito ou pouco tempo são seus clientes regulares.

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Mantém-se a padaria artesanal Teresa Pacheco Miranda

Outra grande novidade do projecto é o compromisso de abrir no Porto já "completamente biológico". "Estamos a fazer tudo por tudo para abrir já assim". Faltam poucos detalhes da "ementa" do projecto (o café e o chocolate, por exemplo), que inicialmente se apresentou como padaria artesanal, de fermentação natural, moagem em mó de pedra, que há muito usa farinha biológica e que recentemente deu o grande passo da manteiga biológica. "Também esse é um trabalho grande de uma grande rede de amigos", diz Teresa, consciente de que para manter a honestidade do projecto é preciso "encontrar uma comunidade com os mesmos padrões de qualidade".

Bicho Teresa Pacheco Miranda
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