Anthony Jabin “sempre sonhou” estar ao lado de Marilyn Monroe e acaba de dar mais um passo para concretizar o seu desejo. O investidor norte-americano arrematou a cripta ao lado daquela onde foi sepultada a actriz, em Los Angeles, na Califórnia, por 195 mil dólares (181.625 euros). A última morada de Anthony Jabin também fica perto da campa de Hugh Hefner, no cemitério Pierce Brothers Westwood Village Memorial Park.
O polémico fundador da revista Playboy, que morreu em 2017, também tinha o mesmo fascínio com Marilyn Monroe e comprou o jazigo ao lado, em 1992. O local tornou-se uma espécie de visita obrigatória para os fãs da artista, que morreu em 1962, com apenas 36 anos, depois de uma carreira preenchida com filmes como Os Homens Preferem as Loiras (1953) ou Como Se Conquista um Milionário (1953).
O jazigo contíguo ao de Monroe não era o único objecto da actriz no leilão, promovido pela Julien's, que também reunia alguns dos pertences de Hugh Hefner. Anthony Jabin, por exemplo, também comprou um fato de banho que pertenceu à artista de Diamonds are a girl's best friend e uma antiga cama do fundador da Playboy.
Em leilão estava também um vestido rosa em seda assinado pela Pucci, usado pela própria Marilyn Monroe — foi a peça mais cara a ser leiloada, por 325 mil dólares (mais de 302 mil euros). Mais: um batom da Elizabeth Arden que a actriz utilizou angariou 65 mil dólares (cerca de 60 mil euros).
Do espólio de Hugh Hefner, foi leiloado um conjunto com um dos seus clássicos casacos de smoking, um pijama, umas pantufas e um cachimbo: tudo por 13 mil dólares (cerca de 12.100€). Foram ainda vendidas algumas peças de arte que estiveram outrora na sede da Playboy.
Apesar do fascínio de Hefner por Marylin Monroe — e do facto de a primeira edição da revista masculina, lançada a 1 de Dezembro de 1953, ter como capa a actriz —, os dois nunca se conheceram pessoalmente. Na época, Hefner terá pago 500 dólares pelo direito das imagens que Marilyn tinha captado em 1949 e pelas quais foi paga 50 dólares, refere a EuroNews.
A primeira edição da revista, que custava 50 cêntimos, vendeu 50 mil cópias. Um dos exemplares dessa primeira edição foi leiloado, agora, por 6500 dólares (6054 euros), informou a Julien's.
O fundador da revista caiu em desgraça depois da sua morte, quando foi acusado de ter drogado mulheres para as coagir a ter sexo. A sua ex-mulher, Crystal Harris, testemunhou, no seu livro de memórias, que viveu num “ambiente duro e cruel” na mansão da Playboy. “Era muito constrangedor. Não conhecia a maioria das pessoas no nosso quarto. Era tipo ‘agora é a tua vez’”, contou.