A deputada do Parlamento Europeu que foi relatora e negociadora de duas das principais reformas legislativas recentes do sector energético – a reforma do mercado eléctrico e das regras de monitorização dos mercados grossistas de electricidade e gás – regressa às lides ministeriais, que já havia desempenhado nos executivos liderados por Durão Barroso e Pedro Santana Lopes, quando foi ministra da Ciência e do Ensino Superior e ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, respectivamente.
Agora, o trabalho desenvolvido nos últimos anos no Parlamento Europeu (no grupo do Partido Popular Europeu) garantiu-lhe a confiança de Luís Montenegro para liderar a pasta da Energia e Ambiente, em momentos cruciais de transformação a nível nacional e internacional. Em Portugal terá pela frente desafios como o lançamento dos primeiros leilões de eólicas offshore e gases renováveis, mas terá também de garantir que o país consegue reforçar a rede eléctrica e a capacidade de armazenamento para acomodar maior potência renovável. Na área do Ambiente, a gestão dos recursos hídricos e os desafios do licenciamento ambiental – sem esquecer os processos de exploração de lítio – serão apenas algumas das prioridades.
Como titular da pasta da Ciência, teve como secretários de Estado Pedro Sampaio Nunes, especialista em energia e defensor do nuclear, e Jorge Moreira da Silva, que viria a ser ministro do Ambiente de Pedro Passos Coelho.
Maria da Graça Carvalho é engenheira mecânica, doutorada pelo Imperial College de Londres, e professora catedrática do Instituto Superior Técnico (Universidade de Lisboa) no Departamento de Engenharia Mecânica, na área de energia, ambiente, alterações climáticas e desenvolvimento sustentável.
Segundo a biografia disponibilizada na sua página oficial, além dos cargos governativos, “foi conselheira do comissário para Investigação, Ciência e Inovação Carlos Moedas, de Novembro de 2014 a Dezembro de 2015”.
Anteriormente, já havia sido eurodeputada entre Julho de 2009 e Maio de 2014. “Nessa condição, foi relatora do programa Horizonte 2020 – Programa-Quadro de Investigação e Inovação (2014-2020)” e foi igualmente “conselheira principal do presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, nas áreas de ciência, ensino superior, inovação, investigação, energia, ambiente e mudanças climáticas de 2006 a 2009.
“Tem 30 anos de experiência nas áreas de energia, alterações climáticas e política de ciência, tecnologia e inovação” e foi membro do conselho de directivo e presidente do conselho científico do Instituto Superior Técnico, além de ter sido membro do Conselho Nacional de Educação e do Conselho Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, refere ainda a biografia.