Quando as grávidas são estrangeiras, até o tradutor do Google é chamado a ajudar
Num momento de vulnerabilidade como o parto, comunicar é um desafio para o número crescente de mães estrangeiras que dão à luz em Portugal, mas também para os profissionais de saúde que as recebem.
Sadia coloca o hijab sempre que alguém "desconhecido" entra no quarto, mas não tira os olhos da cama de Aish, a bebé que nasceu há menos de uma semana. Saiu do Paquistão, de malas na mão e outro filho bebé nos braços, há quase três anos. Portugal não foi a primeira opção, mas acabou por ficar, já lá vão dois anos. A bebé, que se vai espreguiçando lentamente no seu pijama cor-de-rosa com unicórnios, faz agora parte da percentagem de crianças nascidas em Portugal de mãe com nacionalidade estrangeira, que, em 2023, representaram já um sexto do total dos nascimentos no país.
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