Sérgio Godinho: se a liberdade é o tema, não mudemos de assunto, sim?

Os coliseus têm sido para ele um palco benéfico, na verdade uma casa. E mais uma vez Sérgio Godinho ali triunfou, agora com Liberdade25, no cinquentenário do fim da ditadura em Portugal.

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Sérgio Godinho, Os Assessores e os Canto Nono no palco do Coliseu de Lisboa Rita Carmo
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Comecemos pelo óbvio: um concerto de Sérgio Godinho raramente é apenas um concerto. É antes um espectáculo, com uma dramaturgia mais ou menos visível, a encenação e a recriação de canções de várias épocas, um entrosamento de memórias, sons e imagens que lhe avivam a obra e lhe dão, a cada novo passo, uma aura contemporânea. Não só pelo excelente trabalho do grupo que o acompanha em palco, Os Assessores, já rodado em tantas e tantas apresentações, como pela forma como ele próprio ali se agiganta pela palavra, pelo gesto e pelo canto – que, embora acusando aqui e ali a erosão dos anos, na progressão inevitável da vida, em nenhum momento desilude, pelo contrário, atrai e envolve.

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