Sérgio Godinho de volta aos Coliseus: “A liberdade está sempre ameaçada mas existe”

Quatro coliseus esgotados em Lisboa e Porto recebem por estes dias o espectáculo Liberdade25, de Sérgio Godinho, numa altura em que a ideia de liberdade marca também o seu novo romance.

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Sérgio Godinho no Coliseu do Porto em 2019 Paulo Pimenta
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A palavra liberdade tem andado colada à pele de Sérgio Godinho de mil e uma maneiras. Da liberdade conquistada ao sair de um país imerso em ditadura, em 1965, para não participar na Guerra Colonial, até à premonitória Maré alta (“A liberdade está a passar por aqui”), canção que fechava o seu primeiro álbum, Sobreviventes, gravado em Abril de 1971 em Paris, passando pelas aventuras teatrais de Hair, do Living Theatre e do Genesis Company Theatre, percorreu nesses anos de contagem decrescente para o fim do Estado Novo vários países (Suíça, Países Baixos, França, Brasil, Canadá) até saber do 25 de Abril português. Estava em Vancouver, só conseguiu chegar a Lisboa a 17 de Maio de 1974, mas teve de voltar ao Canadá por compromissos familiares e teatrais. E é o teatro que o fixa em Portugal, definitivamente, quando José Mário Branco o convida a substituir o actor e encenador brasileiro Luís de Lima numa peça que se estreara a 28 de Agosto de 1974 no Teatro Villaret, adaptando para Portugal um espectáculo estreado nove anos antes no Teatro Opinião do Rio de Janeiro. Nome? Liberdade, Liberdade.

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