Câmara do Porto tem planos para remover amianto em oito escolas que quer requalificar

Ainda se desconhece quais são as estabelecimetos de ensino que vão ser intervencionados devido ao “elevado estado de degradação”. Os projectos estão em fase de elaboração.

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A Câmara do Porto assumiu, a 1 de Abril de 2022, competências em 29 estabelecimentos de ensino, 18 dos quais ao nível da manutenção e conservação Nelson Garrido/Arquivo
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A Câmara Municipal do Porto está a elaborar os programas e os projectos para avançar com a requalificação - que inclui a remoção de amianto e fibrocimento - de oito escolas que foram transferidas no âmbito da descentralização de competências, avançou esta terça-feira a autarquia.

Em resposta à agência Lusa, a Câmara do Porto afirma que, no mapeamento realizado pelo Governo para o programa de obras prioritárias de intervenção, foram identificadas oito escolas no Porto, não especificando, no entanto, quais.

Face ao "elevado estado de degradação" dos edifícios transferidos pelo Estado, o município avança estar actualmente a "diligenciar a elaboração dos programas-base e projectos para a grande requalificação e modernização destas escolas".

No âmbito destas intervenções, a autarquia pretende também "eliminar todas as situações que persistam de amianto e de fibrocimento".

Aquando da assunção de competências na área da educação, em Abril de 2022, o vereador da Câmara do Porto responsável pelo pelouro da Educação, Fernando Paulo, avançava à Lusa que das 18 escolas em que o município passou a ter competências, oito necessitavam de trabalhos de remoção de amianto.

"Oito escolas necessitam de grandes obras de requalificação e de remover amianto, uma operação que ronda os dois milhões de euros", afirmou na altura o autarca, esclarecendo que o levantamento tinha sido elaborado pela comissão responsável pela implementação das competências na área da educação.

Entre as escolas que necessitavam de obras de remoção desta matéria carcinogénea estavam a Escola Básica Augusto Gil, a Escola do Viso, a Escola EB 2,3 Maria Lamas e a Escola Eugénio de Andrade.

A presença de amianto nos estabelecimentos de ensino indignou à época Fernando Paulo.

"Nenhuma das 46 escolas sobre as quais o município já detinha competências tem amianto", observou, dizendo não se "conformar" com a situação.

De acordo com a resposta da autarquia, o município removeu, em 2022, amianto que ainda existia em quatro escolas do 1.º ciclo do ensino básico, que estavam sob a sua gestão e propriedade.

No âmbito do processo de descentralização, a Câmara Municipal do Porto passou a assumir, no primeiro dia de Abril desse ano, competências em 29 estabelecimentos de ensino, 18 dos quais ao nível da manutenção e conservação, sendo que os restantes permanecem na dependência da Parque Escolar.

Esta terça-feira, a autarquia adiantou que o Governo se comprometeu a "criar o instrumento financeiro" para avançar com a reabilitação das respectivas escolas, através de financiamento comunitário.