Nesta casa em Beja tudo é branco (excepto a escada cor de vinho)

Suspensa, a escada é um "elemento escultórico" e parcialmente secreto que esconde uma passagem vermelha para o resto das divisões na Casa em Beja, da arquitecta Helena Botelho.

A escada é o elemento escultórico e principal da Casa em Beja do mal o menos
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A escada é o elemento escultórico e principal da Casa em Beja do mal o menos

Helena Botelho nasceu em Beja, no Alentejo, e já em criança (quando ainda nem sonhava ser arquitecta) achava piada a uma casa construída sobre um arco que funcionava como passagem de uma estreita rua de paralelos.

“Parecia uma casa de brincar”, pintada de branco e com portadas vermelhas, recorda em entrevista ao P3. Nunca lá entrou até 2021, quando, já a viver em Lisboa e com um atelier de arquitectura em nome próprio, uma amiga lhe contou que tinha comprado a habitação que Helena sempre quis conhecer e a convidou para a remodelar.

“Fiquei fascinada. A casa estava em muito mau estado e tinha espaços subaproveitados. O que fizemos foi limpar os excessos das coisas que já existiam e desenhar uma peça que fosse o elemento escultórico e principal que são as escadas”, adianta.

Remodelar a Casa em Beja, destaca, começou por ser “simples”: escolheu madeira para o pavimento, branco para tectos, paredes e armários e restaurou as portadas vermelhas que a atraiam desde pequena. Mas na entrada, que fica no piso inferior e dá acesso às divisões da casa, as ideias complicaram-se quando projectou uma escada escultórica que, por engano, acabou também por ficar suspensa e “meio secreta”, revela.

“Era para ter sido em aço aparente, mas o serralheiro enganou-se a montar e a única solução era pintar. Na altura perguntei à proprietária que cores gostava e ocorreu-nos o vermelho porque as portadas já eram na tonalidade sangue de boi.”

Vista de fora, é uma escada branca com um rectângulo pintado de vermelho. A ilusão inicial das fotografias da autoria do estúdio do mal o menos fazem-nos acreditar que é possível subir ou descer pelos degraus brancos, mas a passagem faz-se através de túnel vermelho vivo que não deixa passar a luz.

Segundo Helena Botelho, a estrutura só flutua com a ajuda de vigas metálicas e é sempre segura — mesmo depois de uma saída à noite. No piso superior está a cozinha, a casa de banho, o quarto e as salas de estar e jantar.

“Acredito que, muitas vezes, nos projectos de arquitectura, a tentativa erro nos dá novas ideias. É uma casa normal com paredes brancas, pavimento de madeira e um elemento especial que transforma a sala e lhe dá um carácter insólito”, conclui. É o que pensa sempre que visita a casa da amiga.

A passagem é feita por um corredor vermelho
A passagem é feita por um corredor vermelho do mal o menos
A escada era para ser em aço, mas, por engano, acabou por ficar suspensa
A escada era para ser em aço, mas, por engano, acabou por ficar suspensa do mal o menos
A passagem vermelha dá acesso às divisões da casa
A passagem vermelha dá acesso às divisões da casa do mal o menos
A passagem vermelha dá acesso às divisões da casa
A passagem vermelha dá acesso às divisões da casa do mal o menos
A casa tem dois quartos
A casa tem dois quartos do mal o menos
Terminaram em 2022
Terminaram em 2022 do mal o menos
O branco e a madeira foram os materiais usados na reconstrução dos espaços
O branco e a madeira foram os materiais usados na reconstrução dos espaços do mal o menos
As obras começaram em 2021
As obras começaram em 2021 do mal o menos
Para a arquitecta, é um "elemento especial que transforma a sala e lhe dá um carácter insólito”
Para a arquitecta, é um "elemento especial que transforma a sala e lhe dá um carácter insólito” do mal o menos
A escada suspensa está segura por vigas
A escada suspensa está segura por vigas do mal o menos
A escada suspensa está segura por vigas
A escada suspensa está segura por vigas do mal o menos
O arco exterior da casa funciona como passagem da rua
O arco exterior da casa funciona como passagem da rua do mal o menos