Luís Montenegro conquistou Espinho ao PS (nove anos depois) por 47 votos

Coligação de direita angariou 6756 votos, mais 47 do que o Partido Socialista. Concelho é a “casa” de Luís Montenegro, com o líder do PSD a começar carreira em Espinho na década de 1990.

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Luís Montenegro votou em Espinho durante a manhã de domingo Reuters/Pedro Nunes
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A Aliança Democrática (AD) venceu o Partido Socialista (PS) por apenas 47 votos em Espinho, concelho que é “casa” de Luís Montenegro, líder do Partido Social Democrata (PSD). Foi neste concelho que o vencedor das legislativas exerceu o direito de voto neste domingo, tranquilo com o trabalho feito durante a campanha eleitoral. A contagem foi renhida e disputada “taco a taco” até à derradeira contagem dos votos do concelho.

No total de 20.353 votos do município, o PS conseguiu 6709 (32,96%), superado marginalmente pela coligação encabeçada pelo PSD. A AD conseguiu 6756 votos em Espinho (33,19%), mais 47 do que os socialistas.

Apesar de a margem ter sido mínima, o resultado deste domingo foi suficiente para “recuperar” para o PSD este concelho do distrito de Aveiro pela primeira vez em quase uma década. Nas passadas três eleições legislativas, o PS tinha conseguido um hat-trick em Espinho, levando sempre de vencidas as restantes forças políticas.

É preciso recuar até às eleições legislativas de 2015, acto eleitoral que antecedeu a criação da conhecida “geringonça” dos partidos de esquerda, para assistirmos ao último triunfo do PSD neste concelho – coligado, na altura, com o CDS-PP dirigido por Paulo Portas. Agora, pela mão de Luís Montenegro, o PSD volta a triunfar em Espinho e quebra o domínio socialista.

Além do óbvio significado da reconquista de mais um ponto geográfico, é quase certo que Luís Montenegro sentirá um carinho especial por ter triunfado em Espinho. É importante sublinhar que foi neste local que o agora líder do PSD se lançou para a carreira política, chegando a presidente da Juventude Social Democrata do concelho em 1993, com 20 anos de idade.

A AD venceu as eleições legislativas deste domingo, reunindo 29,49% do total de votos em território nacional e conseguindo eleger pelo menos 79 deputados para a Assembleia da República.

A vitória não permite, porém, a formação de um bloco maioritário à direita sem um acordo com o Chega, partido de extrema-direita liderado por André Ventura que elegerá pelo menos 48 deputados para a Assembleia da República. Durante a campanha eleitoral, Luís Montenegro traçou uma "linha vermelha" relativamente a um entendimento com o partido populista para formação de Governo, posição que voltou a defender após serem conhecidos os resultados deste domingo.

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