Pinto da Costa convidou António Oliveira para a presidência do FC Porto

Presidente apoiaria ex-jogador caso este se candidatasse, mas este recusou responsabilidade. Presidente deixou crítica a Villas-Boas: “É preciso mudar o quê? Perder no futebol?”

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Pinto da Costa LUSA/JOSÉ COELHO
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Pinto da Costa ponderou não se candidatar às eleições do FC Porto de 27 de Abril e garantiu apoio a António Oliveira caso este se candidatasse à presidência. Contudo, o ex-jogador e treinador dos “dragões” recusou assumir a responsabilidade, mas aceitou fazer parte da lista de Pinto da Costa, algo anunciado este sábado num evento da candidatura do dirigente portista.

“Cheguei a convidá-lo para ele se candidatar, mas ele disse que entendia que eu ainda tinha de fazer mais um mandato. Estaria disponível para ajudar, mas não para assumir”, revelou Pinto da Costa.

No evento deste sábado, traçaram-se os principais eixos para a candidatura que concorre contra André Villas-Boas e Nuno Lobo. Fim de prémios para administradores, redução de ordenados e regalias, estabilização do passivo e duplicação de receitas: estas foram, resumidamente, as principais medidas para as finanças do clube, num evento usado por Pinto da Costa para anunciar os três principais nomes para a lista que concorre a eleições no dia 27 de Abril.

No discurso de encerramento da reunião com associados, o dirigente diz que se motivou com um objectivo em mente: acompanhar a construção da academia do clube. Deixou, ainda, uma crítica à lista de Villas-Boas.

“A campanha eleitoral tem sido uma procura pela divisão dos associados. Há alguns que dizem que é preciso mudar. Mudar o quê? Deixar de ganhar no futebol? No andebol? No hóquei de patins? Deixar de encher o estádio e os pavilhões? Eu não quero mudar e é por isso que estou aqui como candidato do FC Porto. É preciso levar o nosso plano em frente, sem medo e com determinação. Essa não me falta”, reiterou Pinto da Costa.

Caso vença as eleições de Abril, João Rafael Koehler vai tentar transformar as finanças do clube. Na tarde deste sábado foi ainda anunciado o regresso do ex-jogador António Oliveira à gestão do clube e, por último, a inclusão de Marta Massada, especialista em ortopedia, na lista de Pinto da Costa.

Koehler foi o responsável pela descrição do plano para as finanças do clube. O empresário anunciou a utilização de um “instrumento financeiro” que permitirá injectar 250 milhões do clube, estabilizando, dessa forma, o passivo portista. Outro dos objectivos passa pela duplicação de receitas, com uma aposta no crescimento do merchandising e a abertura de academias em “várias outras geografias”. Uma das promessas do empresário passa ainda pelo aumento de transparência no clube, com comunicação das receitas, despesas e dívidas dos “azuis e brancos”.

Com a voz embargada, António Oliveira garantiu aos adeptos presentes na sala que nunca deu uma “nega” ao FC Porto, dizendo que “a vida tem de ser vista olhando para trás”: “Nunca disse ‘não’ ao FC Porto. Nasci neste clube, sempre que o FC Porto solicitou a minha colaboração nunca neguei. Foi uma honra aceitar este convite.”

Pinto da Costa deixou ainda outra farpa à lista de André Villas-Boas, dizendo que não terá ninguém na lista com “interesses televisivos ou de compra e venda de jogadores”. Também não terá elementos “que são sócios desde Novembro passado”.

Quanto à relação com os rivais, promete manter o mesmo espírito combativo que marcou os 42 anos de presidência: “Não vou ser presidente do FC Porto para andar aos abraços ao presidente de Benfica e Sporting, para não dizer que Portugal não é um país vergonhosamente centralista.”

O FC Porto prepara-se para o embate deste domingo frente ao Benfica, com Pinto da Costa a considerar que o clássico não terá influência na campanha eleitoral. As eleições portistas estão marcadas para o dia 27 de Abril, com outros dois candidatos oficiais: André Villas-Boas e o empresário Nuno Lobo.

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