Astra Sports Tourer ganhou vida eléctrica para animar segmento das carrinhas

Versão 100% eléctrica da carrinha familiar da Opel apresenta-se com autonomia para mais de 400 quilómetros e a partir de 41.270 euros.

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As carrinhas já foram a carroçaria preferida dos portugueses, que, além de valorizarem o espaço e a funcionalidade, viam beleza nas linhas mais esticadas das berlinas. Mas, mudam-se os tempos e alteram-se os gostos. E, nos últimos anos, os mais altos e robustos SUV (sport utility vehicles) roubaram fãs a todos os segmentos — e as carrinhas não ficaram de fora deste fenómeno (foram, aliás, umas das mais atingidas).

Na Opel, porém, acredita-se que ainda há mercado a ansiar por aliar uma boa dinâmica de condução (muitas vezes penalizada nos SUV) à funcionalidade. Ou a alguma coisa que, como a publicidade da década de 50 do século passado dizia sobre a primeira carrinha saída de Rüsselsheim, a Olympia Rekord Caravan, é “prática e bonita”. E, depois de ter estreado a carroçaria com mecânicas térmicas e uma electrificada de ligar à corrente, chega a variante 100% eléctrica.

Por fora, pouco distingue esta variante eléctrica do resto da família: apresenta-se com a nova linguagem de design, estreada com o Mokka e que troca a capa cinzenta da marca alemã por trejeitos mais arrojados, a piscar o olho a clientes mais jovens. Entre outros detalhes, a estética distingue-se por uma linha Vizor à frente, ainda mais evidente quando associada à tecnologia Intelli-Lux, sendo o pára-choques sempre de cariz desportivo (e há a possibilidade de escolher a pintura a duas cores).

No interior, destaca-se o cockpit Pure Panel, que integra dois ecrãs, de dez polegadas cada, para apresentar a instrumentação e o sistema de infoentretenimento e multimédia, mantendo, porém, botões para algumas funcionalidades, nomeadamente a gestão da climatização.

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Relevante é o facto de a variante 100% eléctrica apresentar-se com quase o mesmo peso da variante plug-in, ainda que esteja equipada com uma bateria de muito menor capacidade. Para limitar o peso aos 1760kg (só mais 43kg que a PHEV), a Opel procedeu algumas alterações, nomeadamente na porta da bagageira, construída em termoplástico.

Já a localização da bateria, na parte inferior da carroçaria, permitiu manter o espaço da bagageira similar ao plug-in (516 litros, que cresce até aos 1553 litros com a segunda fila de bancos rebatida), além de beneficiar o comportamento dinâmico, ao reduzir o centro de gravidade do automóvel.

A Astra Sports Tourer Electric apresenta-se numa única configuração: motor eléctrico de 115 kW/156cv, com binário máximo de 270 Nm, associada a uma bateria de iões de lítio com 54 kWh de capacidade. Segundo a homologação nos testes WLTP, o consumo fica-se nos 15 kWh/100km, o que lhe confere uma autonomia de 413 quilómetros. No entanto, a existência de três modos de condução pode encolher ou esticar o seu alcance: em Eco, a potência fica limitada a 108cv; em Normal, há 136cv a explorar; e, no modo Desportivo, os completos 156cv — em qualquer um destes modos está sempre disponível o mesmo binário, sendo a velocidade máxima sempre igual, de 170 km/h.

De série, a ST chega com um carregador trifásico a bordo de 11 kW para utilizar com uma wallbox doméstica, mas é possível recorrer ao carregamento rápido de corrente contínua (a uma potência até 100 kW, consegue-se repor 80% de energia em cerca de meia hora).

A Astra Sports Tourer 100% eléctrica, cujas encomendas arrancaram em Novembro, começa a ser entregue aos clientes a partir do arranque da Primavera. As propostas comerciais, de uma gama que se divide entre a versão Edition e GS, arrancam nos 41.270 euros, havendo para particulares campanha de desconto de dois mil euros, com financiamento e retoma.

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