O Hotel Mundial vai entrar em “profunda remodelação”, um anúncio feito poucos meses depois de ser também anunciado o projecto de requalificação da praça em que se localiza, a do Martim Moniz, em Lisboa.
A remodelação do hotel, actualmente gerido pela PHC Hotels (Portuguese Hospitality Collection), será feita ao longo de três anos. E “continuará a funcionar durante as obras, sem períodos de encerramento, para qualquer um dos espaços”, confirmou o grupo à Fugas.
Inaugurado em 1958 (a 3 de Dezembro), o edifício é de facto marcante na parte Baixa da capital, tanto pela sua dimensão como por partir do projecto de um dos mais importantes arquitectos portugueses do séc. XX, Porfírio Pardal Monteiro (“o primeiro moderno de Lisboa”) — e, depois da estreia, já foi “alvo de quatro extensões diferenciadas”.
“Um dos mais icónicos hotéis de Lisboa”, como se sublinha em comunicado da PHC, o Mundial ostenta quatro estrelas e disponibiliza 349 quartos — quando a remodelação estiver terminada, aliás, uma das novidades será precisamente a redução do número de quartos, já que serão menos 30.
A obra começa este ano, “com os pisos 0 e 1”. Em seguida, avança piso a piso, “com a renovação dos seus quartos”. Quando terminar, haverá assim 317 quartos, “com 10% de suítes nos pisos 8 e 9” e “10% [quartos] comunicantes”.
Segundo a PHC, o objectivo é “criar uma maior oferta competitiva e de qualidade no coração de Lisboa” e o conceito poderá muito bem generalizar-se como uma “recuperação do glamour dos anos 60” do século passado.
A remodelação nas áreas comuns do hotel é global e passa pela recepção, lobby e bar, que vai passar a ter esplanada e que apresenta um novo conceito de restauração”. No piso 1, além de nova área de eventos e reuniões, a restauração terá “nova disposição”, “tirando maior partido da luz natural e da vista para a futura Praça do Martim Moniz”.
“A nossa missão é restaurar o carácter único do edifício e deste património, abraçando os elementos arquitectónicos originais, como a impressionante entrada e os detalhes irreverentes, que revigorarão o seu glamour e presença”, resume Margarida Caldeira, directora da Global Hospitality da Broadway Malyan, a empresa responsável pela remodelação.
A entrada principal irá ser transformada, já que “o ponto central do projecto será a abertura da entrada original, criando uma conexão ao bar do hotel”. O terraço do primeiro andar também será remodelado, ficando com “ligação directa com o restaurante”, e está “previsto” um jardim no pátio já existente.
O grupo que gere o Mundial, PHC, é também responsável por outros espaços como o Portugal Boutique Hotel, a My Suite Lisbon Guest House - Príncipe Real e o recente Convent Square Hotel Vignette Collection, este a ocupar o antigo Convento de São Domingos no Rossio.