Paulo de Carvalho: disco branco, coração negro
Resultado da reclusão pandémica, criou um álbum de originais mais afro, funk e soul e também mais eléctrico do que os antecessores. Chamou-lhe 2020.
A capa é branca, sem nenhum nome, apenas um número: 2020. O ano da pandemia, um ano em branco, ou quase, para milhões de pessoas, mas também um ano em que foram germinando ideias de onde depois nasceram projectos artísticos mais amadurecidos. É o caso do mais recente álbum de originais de Paulo de Carvalho: mais eléctrico, mais afro, funk e soul, no canto e nos arranjos, fazendo jus às influências primordiais de um cantor que em 1970 “cantava cantigas da Aretha Franklin no tom dela”, como afirmou numa entrevista ao PÚBLICO em 2011, e que admirava Ray Charles, Lou Rawls, Al Jarreau, Stevie Wonder, Tony Bennett ou David Clayton-Thomas, dos Blood, Sweat & Tears.
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