Grupo far-se-ia passar por dono de casas e burlava com arrendamentos fictícios

PSP faz megaoperação no Porto contra burlas nos arrendamentos e detém 12 pessoas. Alegados burlões arrendavam alojamentos locais e simultaneamente anunciavam esses imóveis como casas para arrendar.

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PSP deteve 12 pessoas em operação para desmantelar grupo que burlaria pessoas que queriam arrendar casa Rui Gaudêncio
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A Polícia de Segurança Pública (PSP) está a realizar, na manhã desta quarta-feira, uma megaoperação na zona do Grande Porto, visando desmantelar um grupo que se dedicaria a burlar pessoas que queriam arrendar casas.

Segundo o PÚBLICO apurou, o esquema passaria por arrendar durante uns dias um alojamento local, dando dados falsos, e simultaneamente colocar um anúncio para arrendar aquela habitação. Com acesso à casa, os alegados burlões faziam-se passar pelos donos do imóvel e mostravam o mesmo às vítimas, pessoas interessadas em arrendá-lo. Chegando rapidamente a um acordo, os alegados burlões terão chegado a celebrar contratos de arrendamento recorrendo a dados falsos, recebendo das vítimas montantes significativos relativos ao pagamento de rendas.

Por vezes, as pessoas chegavam a mudar-se e só passado uns dias percebiam que tinham sido burladas, quando eram contactadas pelo verdadeiro dono, que reclamava a desocupação do imóvel. Outras vezes nem terão chegado a fazer a mudança. A primeira queixa terá sido feita há mais de um ano, mas entretanto já foram anexas ao processo mais de cem participações. Em alguns casos, os suspeitos terão ainda roubado electrodomésticos das habitações, nomeadamente microondas e fornos.

De acordo com a informação transmitida ao PÚBLICO por fonte oficial da PSP, estão a ser cumpridos 13 mandados de detenção, prevendo-se também mais de duas dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias na área do Porto. Pouco antes das 13h, a PSP fez uma nota onde dava conta de que tinham sido detidos nesta operação 12 cidadãos suspeitos de burla qualificada e furto (três homens e nove mulheres) e apreendidos diversos meios de prova. Indicava-se ainda que seria disponibilizada mais informação numa conferência de imprensa marcada para as 15h na sede da Divisão de Investigação Criminal do Porto.

Segundo o PÚBLICO apurou, os detidos são membros do grupo que fariam as burlas. Estão ainda identificadas outras pessoas a quem estes recorriam para receber os montantes arrecadados com as fraudes, nomeadamente disponibilizando contas bancárias. O processo corre na 6ª. Secção do Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto e caberá ao juiz Pedro Miguel Vieira, do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, interrogar os detidos.


Notícia actualizada às 13h12 com o modo como funcionaria o esquema de burla e o número de detidos

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