Autarca do Porto afirma que Stop tem “problema de vizinhança muito sério”

Rui Moreira avançou que o município admite vir a usar alguns espaços do Stop, como os cinemas e o multiusos, por forma a “ajudar a viabilizar” o centro comercial.

Foto
O Stop, onde maioritariamente funcionam salas de ensaio e estúdios, viu a maioria das fracções serem seladas em 18 de Julho Paulo Pimenta
Ouça este artigo
00:00
01:38

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O presidente da Câmara do Porto afirmou que o centro comercial Stop tem "um problema de vizinhança muito sério" e avançou que o município poderá utilizar alguns dos espaços para "viabilizar" aquele espaço cultural.

"Temos um problema de vizinhança muito sério", afirmou Rui Moreira durante uma sessão da Assembleia Municipal do Porto que decorreu nesta segunda-feira à noite.

O autarca, que respondia a uma questão levantada pela deputada Susana Constante Pereira, do BE, avançou que já foram realizadas "diligências junto do vizinho", mas que será necessário o município "muscular" a acção.

"Estamos a tentar resolver o problema", afirmou, notando que em causa está uma porta de segurança que alegadamente terá sido vedada pelo proprietário do terreno nas traseiras do Stop.

Aos deputados, Rui Moreira avançou ainda que o município admite vir a usar alguns espaços do Stop, como os cinemas e o multiusos, por forma a "ajudar a viabilizar" o centro comercial.

"Não deixarei de me empenhar para que aquele centro abra", acrescentou.

Na reunião do executivo de 29 de Janeiro, o autarca independente assegurou, quando questionado pela vereadora Ilda Figueiredo, da CDU, que as intervenções exigidas no relatório da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil estavam resolvidas.

O Stop, onde maioritariamente funcionam salas de ensaio e estúdios, viu a maioria das fracções serem seladas em 18 de Julho, deixando quase 500 artistas e lojistas sem terem para onde ir, mas reabriu a 04 de Agosto, com um carro de bombeiros à porta.

O Stop vai continuar a funcionar por tempo indeterminado, na sequência de uma providência cautelar interposta pelos proprietários à decisão da câmara de encerrar o edifício, confirmou Rui Moreira a 22 de Setembro.