Michael J. Fox surpreende nos BAFTA e emociona os fãs de Regresso ao Futuro

O actor, que tem doença de Parkinson, entrou em palco de cadeira de rodas, mas levantou-se para entregar o prémio a Oppenheimer.

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Michael J. Fox e a mulher Tracy Pollan na passadeira vermelha dos BAFTA EPA/NEIL HALL
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Michael J. Fox apareceu de surpresa nos BAFTA. O herói da saga Regresso ao Futuro​ foi entregar um dos prémios de cinema e entrou no palco de cadeira de rodas, perante uma plateia em êxtase. Enquanto entregava o galardão de melhor filme a Oppenheimer, lembrou como o cinema é “mágico” e pode “mudar a nossa vida”.

Segundos antes, o anfitrião da cerimónia, David Tennant, tinha-o apresentado como “uma verdadeira lenda do cinema”. O norte-americano tornou-se conhecido como o conservador Alex P. Keaton na sitcom Quem Sai Aos Seus, tendo posteriormente protagonizado o tríptico nascido em 1985, dando vida a Marty McFly.

Desde os anos 1990, quando foi diagnosticado com Parkinson, que Fox se tem mantido longe dos holofotes e é raro surgir em público, apesar de ter continuado a trabalhar: do filme Agarrem-me Esses Fantasmas, de 1996, a Sobrevivente Designado, série de 2018, não esquecendo a sua participação na premiada The Good Wife (2009-2016) ou o facto de ter dado voz ao Pequeno Stuart Little (em 1999, 2002 e 2005)​.

Daí que a presença deste domingo tenha sido uma surpresa, merecendo uma ovação de pé. Alguns fãs partilharam mesmo nas redes sociais terem-se emocionado — “um autêntico herói”, escreveu um utilizador — ao ver o momento em que Michael J. Fox se levantou da cadeira de rodas para entregar o prémio. “Cinco filmes foram nomeados para esta categoria esta noite e todos eles têm algo em comum: são o melhor do que fazemos”, disse o actor.

O documentário Still: Ainda Sou Michael J. Fox, de Davis Guggenheim, que conta a jornada do actor de 62 anos com a doença de Parkinson, que o levou a fundar a associação de investigação Michael J. Fox Foundation for Parkinson's Research, em 2000, estava entre os nomeados mas perdeu para 20 Dias em Mariupol.

O propósito do documentário, tal como o de qualquer filme, é unir as pessoas “independentemente de onde são”. E Fox acrescentou: “Há uma razão para se dizer que os filmes são mágicos, porque os filmes podem mudar o nosso dia. Podem mudar a nossa perspectiva.”

Menos positiva foi a reacção da internet à ausência da estrela de Friends Matthew Perry (1969-2023) na homenagem às celebridades, como Jane Birkin ou Julian Sands, que morreram no último ano a o som de Time after time, de Cyndi Lauper, interpretado pela actriz Hannah Waddingham de Ted Lasso. “Não há menção a Matthew Perry no memorial dos BAFTA?! Muito mal BAFTA”, queixou-se um utilizador no X (antigo Twitter).

Seguiu-se um rol de queixas, levando a que a academia britânica tenha vindo justificar, em comunicado, que fará uma homenagem apropriada nos prémios BAFTA de televisão, agendados para Maio.

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