Para ganhar ao Sp. Braga, o Sporting só precisou de acertar na baliza

“Leões” triunfam em casa sobre os minhotos por 5-0 e mantêm o registo perfeito em Alvalade. Trincão, Quaresma, Gyökeres, Bragança e Nuno Santos marcaram os golos.

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Quaresma marcou o segundo do Sporting EPA/FILIPE AMORIM
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Não foi o jogo em que fez a melhor exibição, nem aquele em que teve mais oportunidades de golo, mas foi o jogo em que o Sporting conseguiu, finalmente, bater o Sp. Braga esta época. Depois do empate no Minho e da derrota em Leiria, os “leões” triunfaram por 5-0 em Alvalade, em jogo a contar para a 21.ª jornada da I Liga, numa exibição constante, sem grandes falhas e sem permitir grande espaço para os “guerreiros” pensarem em tirar alguma coisa do jogo. O Sporting manteve o seu registo perfeito em Alvalade (11 vitórias em 11 jogos), o Sp. Braga já está a uma distância de dois dígitos e dificilmente voltará à luta pelos lugares cimeiros.

Para os “leões” os dois confrontos anteriores com o Sp. Braga, sobretudo o segundo, foram um problema de eficácia, não de dinâmica. Em Leiria, o Sporting acertou três vezes no poste, outras tantas ao lado e mais umas para as mãos de Matheus. Nesta tarde chuvosa de domingo em Alvalade, o Sporting não acertou nenhuma vez no poste, Matheus praticamente não fez uma defesa e marcou cinco golos. Eficácia quase total a colorir uma grande exibição e a penalizar um adversário ausente em todos os sentidos.

Rúben Amorim promoveu o regresso à titularidade de Morita, avançando Pedro Gonçalves para o ataque (Edwards ficou no banco). Artur Jorge, ao contrário do que fizera nas “meias” da Taça da Liga, deu ao Sp. Braga uma referência ofensiva, Abel Ruiz. Mas o que quer que o técnico bracarense tivesse pensado para o jogo começou a ruir logo nos primeiros minutos. Aos 8’, Victor Gómez, acossado junto à linha, fez um passe para um local onde não estava nenhum colega. Trincão leu bem o lance, ficou com a bola e, à entrada da área, atirou cruzado e sem hipótese para Matheus.

Exactamente dez minutos depois, aos 18’, os “leões” voltaram a ser eficazes. Tudo começa numa jogada individual de Eduardo Quaresma, que levou a bola para a frente, deixou-a em Trincão e continuou a correr para a área. Trincão deu para Pote, que foi desarmado dentro da área, mas Quaresma estava lá para as sobras. Dominou com o direito, deu um toque para o esquerdo e a bola voltou para o direito e, depois, para dentro da baliza.

Era um início avassalador dos “leões”, a indiciar uma goleada que acabaria por se concretizar na segunda parte. A tudo isto, o Sp. Braga respondeu com nada. Raramente passou do meio-campo, raramente criou uma oportunidade, raramente conseguiu um desequilíbrio. Nos primeiros minutos da segunda parte, Álvaro Djaló ainda esteve duas vezes perto do golo, com um cabeceamento após canto a que Adán respondeu com a sua única defesa da noite, e, depois, com uma jogada em que surgiu na cara do guardião espanhol, mas atirou ao lado.

A sentir que os minhotos ainda podiam voltar ao jogo com um golo, o Sporting arrancou em definitivo para a goleada. Aos 71’, Trincão teve espaço na direita e fez o cruzamento para a concretização acrobática de Gyökeres – mais um golo para o sueco que até nem estava nas suas melhores tardes/noites. Aos 74’, foi Daniel Bragança a fazer o 4-0, após passe de Pedro Gonçalves, e, aos 85’, Nuno Santos fez o 5-0, numa trivela após uma série de ressaltos na área.

O Sporting igualava os dois 5-0 com que brindara o Sp. Braga na época passada, dando a expressão mais correcta à diferença de andamento entre as duas equipas neste momento. Os "leões" ainda querem ganhar coisas esta época e fazem por isso, os "guerreiros" já ganharam um título, mas mostraram pouco para se meterem na luta por mais alguma coisa.

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