Montenegro recua e vai debater com Raimundo e Tavares

Os debates com a CDU e o Livre irão, afinal, decorrer no formato que as televisões tinham definido inicialmente: entre os líderes dos partidos com representação parlamentar.

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Luís Montenegro, presidente do PSD LUSA/ESTELA SILVA
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Afinal, será o líder da Aliança Democrática (AD) e presidente do PSD, Luís Montenegro, a debater com Paulo Raimundo e Rui Tavares, e não o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, conforme a coligação inicialmente planeara. A decisão foi tomada após negociação com os canais televisivos.

O líder do PSD estará no frente-a-frente com Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, neste sábado na RTP1. E com Rui Tavares, co-porta-voz do Livre, no dia 17, na TVI. A informação foi avançada pela agência Lusa, que cita o representante das três televisões, Ricardo Costa, e confirmada pelo PÚBLICO.

Nesta sexta-feira, Ricardo Costa disse à Lusa que RTP, SIC e TVI reconhecem que, "durante o processo negocial, o representante da AD manifestou a intenção de indicar Nuno Melo para alguns debates" e reiteram que, "na altura, a posição das televisões sobre este tema pode não ter ficado clara, tendo contribuído para este mal-entendido, que lamentam".

"Foi sempre entendimento das três televisões que os debates propostos envolviam exclusivamente os líderes dos partidos e coligações com representação parlamentar", acrescentou o representante dos canais televisivos.

Segundo a Lusa e confirmado pelo PÚBLICO, terá decorrido uma negociação entre os canais televisivos e a AD, garantindo assim que os debates com a CDU e o Livre irão decorrer no formato que as televisões tinham definido inicialmente.

De acordo com o director de campanha da AD, Pedro Esteves, citado pela Lusa na passada quarta-feira, na “primeira conversa com o representante dos canais de televisão”, a coligação tinha esclarecido que se faria “representar em todos os debates pelo presidente do PSD, com excepção daqueles que opõem a AD ao Livre e à CDU”, nos quais estaria presente “o presidente do CDS, à semelhança do que aconteceu em 2015", com a coligação Portugal à Frente.

Contudo, acrescentou então a Lusa, as televisões eram da opinião de que não existe comparação com 2015, já que, à época, o CDS-PP tinha uma bancada parlamentar, sendo o seu líder vice-primeiro-ministro.

Na passada quinta-feira, o presidente do PSD afirmou, à margem da Conferência Fábrica 2030, organizada pelo jornal Eco, que não tem "medo de nenhum debate com ninguém". "Nós fomos convidados para dez debates, aceitámos os dez debates e o modelo de participação nos debates. Se houver alguma alteração, temos de resolver", acrescentou. Com Lusa

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