Killer Mike detido, Céline Dion em palco e outras três histórias que marcaram os Grammy

Killer Mike ganhou três prémios — e uma detenção. Dos bastidores dos Grammy para o palco principal, as sete histórias que marcaram a cerimónia.

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Killer Mike recebeu três Grammy na categoria do rap na noite de domingo, antes de ser detido para ser libertado pouco depois Reuters/DAVID SWANSON
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As surpresas começaram ainda antes do início da cerimónia pública e só terminaram quando ela acabou. A noite dos Grammy fez-se no feminino, com aparições surpresa e recordes, mas também com detenções insólitas e críticas ríspidas à organização. Não acompanhou os Grammy? Estes são algumas das histórias que precisa de conhecer.

Killer Mike ganhou três Grammy e depois foi detido

Aconteceu ainda antes da cerimónia ao vivo, depois de Killer Mike ter recebido uma estatueta em todas as categorias para que estava nomeado. Com os prémios de melhor canção rap, melhor performance rap ("Scientists & Engineers") e melhor álbum rap (Michael) nas mãos, Killer Mike foi algemado e detido pela polícia de Los Angeles na Crypto.com Arena.

O momento da detenção foi captado em vídeo por um jornalista do The Hollywood Reporter. Segundo a Variety, que contactou o advogado do artista, na origem da detenção de Killer Mike esteve um episódio de agressão que foi considerado um pequeno delito. "Já está cá fora e vai celebrar esta noite", adiantou o advogado.

Céline Dion apareceu de surpresa

Taylor Swift recebeu o Álbum do Ano pelas mãos de Céline Dion, numa aparição surpresa que surge depois de a artista ter sido diagnosticada, há dois anos, com a rara síndrome da pessoa rígida, que faz com que os doentes percam progressivamente o controlo muscular.

"Quando digo que estou feliz de estar aqui, é do fundo do meu coração. Aqueles que foram abençoados para estar aqui no Grammy nunca devem subestimar o tremendo amor e alegria que a música traz às nossas vidas e às pessoas de todo o mundo", aconselhou ela, perante uma plateia que a aplaudiu de pé.

Jay-Z critica os Grammy por nunca terem premiado Beyoncé​

O discurso estava a correr tão bem que Jay-Z, com a filha Blue Ivy ao seu lado no palco, conseguiu fazer Meryl Streep rir ao referir que, quando Will Smith e o DJ Jazzy Jeff boicotaram os Grammy por não terem transmitido a entrega dos prémios de música rap, em 1989, estavam ambos na verdade a assistir a todo o evento pela televisão num hotel.

Mas o tom do discurso mudou logo a seguir. Jay-Z aproveitou o tempo de antena que o Prémio de Impacto Global Dr. Dre lhe conferiu para criticar a organização dos Grammy por nunca terem premiado Beyoncé, sua mulher, com um galardão de Álbum do Ano. "Não quero envergonhar esta senhora", disse ele, referindo-se a Beyoncé, "mas ela tem mais Grammy do que toda a gente e nunca ganhou o álbum do ano". "Por isso, mesmo segundo as vossas próprias métricas, isto não funciona", acusou.

Miley Cyrus ganhou um Grammy pela primeira vez

Miley Cyrus entrou oficialmente na lista de artistas reconhecidas com um Grammy. "Flowers", a música que a artista escreveu após a separação de Liam Hemsworth, venceu um prémio de melhor performance pop a solo na noite de domingo — galardão que lhe foi entregue por Mariah Carey.

"Havia um rapaz que tudo o que queria no aniversário era uma borboleta. Os pais deram-lhe uma rede de borboletas e ele, entusiasmado, foi para a rua e começou a baloiçá-la. Dem sorte, sentou-se no chão e rendeu-se. Foi então que a borboleta veio e pousou mesmo na ponta do seu nariz. E esta canção, 'Flowers', é a minha borboleta", partilhou.

Joni Mitchell estreou-se na cerimónia

Não é que os Grammy sejam desconhecidos para Joni Mitchel, que já ganhou 10 estatuetas — incluindo uma conquista na noite passada, de Melhor Álbum Folk, com Joni Mitchell at Newport (Live). Mas, em quase 60 anos de carreira e em 66 edições do evento, a artista nunca tinha actuado na cerimónia — até agora.

Joni Mitchell interpretou "Both Sides Now", uma das suas músicas mais conhecidas, que integra o álbum que lhe valeu o primeiro Grammy da sua carreira — Clouds, em 1969. Ao seu lado, em palco, tinha Brandi Carlile (sua produtora), Allison Russell, Jacob Collier, Lucius, Sista Strings e Blake Mills. Foi uma das poucas actuações públicas e ao vivo de Joni Mitchel desde que recuperou de um aneurisma cerebral detectado em 2015.

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