Benfica dá prova de força e assume a liderança

Com golos de Arthur Cabral, João Neves e Rafa, as “águias” derrotaram o Gil Vicente, por 3-0, e somaram sétima vitória consecutiva no campeonato.

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EPA/FILIPE AMORIM
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Com uma exibição competente e um "onze" com as suas peças mais bem distribuídas, o Benfica somou neste domingo, no Estádio da Luz, a sétima vitória consecutiva no campeonato e, embora provisoriamente – o Sporting tem menos um jogo disputado -, assumiu a liderança da I Liga. Numa partida em que o Gil Vicente raramente incomodou Anatoliy Trubin, Arthur Cabral, João Neves e Rafa fizeram os golos no triunfo, 3-0, dos benfiquistas frente à equipa de Barcelos, resultado que permite que as “águias” coloquem um fosso de seis pontos para o terceiro lugar, ocupado pelo FC Porto.

Com a equipa a atravessar uma fase positiva a nível de resultados - não perde pontos para o campeonato desde 8 de Dezembro -, o anúncio da constituição das equipas acabou por surpreender. Habitualmente conservador e pouco propenso a fazer rotação de jogadores, Roger Schmidt ofereceu um lugar no “onze” a Alexander Bah – o dinamarquês não era titular desde Outubro -, e, com o lateral em campo, o intocável Fredrik Aursnes passou da direita da defesa para a esquerda do meio-campo, relegando João Mário para o banco. As mudanças, no entanto, não ficaram por aqui: após a boa entrada em jogo na Amadora, Florentino também começou de início, formando a dupla no centro do terreno com João Neves - Orkun Kokçü foi suplente.

A atravessar igualmente um bom momento – duas vitórias consecutivas -, os gilistas de Vítor Campelos fizeram apenas uma alteração, forçada, em relação à última jornada: Sem Martim Neto, que não pôde jogar por estar emprestado pelo Benfica, o costa-marfinense Mory Gbane entrou para tentar fortalecer o meio-campo do clube de Barcelos. No entanto, o Gil Vicente não mostrou capacidade para beliscar a superioridade dos “encarnados”.

Com a equipa com menos adaptações, a qualidade de jogo do Benfica subiu e, logo aos quatro minutos, Arthur Cabral acertou no poste da baliza defendida por Andrew. Porém, dez minutos depois, o segundo duelo entre os dois brasileiros foi favorável ao avançado benfiquista: Di María cruzou na sequência de um pontapé de canto e Arthur Cabral, sem oposição, não desperdiçou a segunda oportunidade.

A vantagem “encarnada” não mexeu um milímetro no rumo do jogo. Com total superioridade das “águias”, Trubin mantinha-se como mais um espectador e, após novo canto, o Benfica fez o 2-0 aos 34’: depois de um excelente lance individual, João Neves beneficiou de um ligeiro desvio da bola em Murillo para fazer o seu segundo golo nesta época.

Sem mexidas ao intervalo, a arranque da segunda parte foi mais do mesmo. Com o Gil Vicente remetido ao seu meio-campo, o Benfica jogava com enorme tranquilidade e precisou de quatro minutos para chegar ao terceiro. Mérito para Rafa que, depois de receber um bom passe de Aursnes, rematou rasteiro, marcando assim pela quinta vez nas últimas oito jornadas.

Com perto de metade da partida ainda por cumprir, o 3-0 sentenciava o destino do encontro e, com isso, o duelo perdeu interesse. Em cima da hora de jogo, Vítor Campelos ainda procurou mexer com a sua equipa fazendo três substituições, mas foi preciso esperar pelo minuto 76 para ver a primeira defesa de Trubin.

Com a vitória garantida, Schmidt lançou no intervalo de dez minutos quatro jogadores: Álvaro Carreras, David Neres, Tiago Gouveia e Marcos Leonardo, mas, desta vez, ao contrário do que tinha acontecido nas três jornadas que tinha feito na I Liga, Marcos Leonardo terminou a partida sem marcar. Quem ainda teve oportunidade de mostrar toda a sua qualidade já perto do final, foi Trubin, que fez a (única) defesa complicada nos 90 minutos a remate de Tidjany Touré.

Para o Benfica, todavia, o mais importante estava há muito garantido: a vitória que coloca do lado do Sporting a responsabilidade de ter de vencer o jogo em Famalicão para recuperar a liderança.

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