Porque pioram os alunos? PÚBLICO lança edição com contributos para o debate

Reunimos, numa edição especial de 130 páginas, artigos, reportagens, análises e opiniões publicadas nas últimas semanas sobre o grande estudo da OCDE que avalia as competências dos alunos de 15 anos.

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José Alves
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“Espanha obtém o seu pior resultado, mas resiste melhor ao retrocesso educacional global do que os que a rodeiam”, lia-se no diário espanhol El País. “PISA 2022: uma queda sem precedentes nos resultados dos estudantes franceses”, noticiava o jornal Le Monde. “As pontuações dos alunos em Ciências e Matemática do Reino Unido são as mais baixas desde 2006”, escrevia o The Guardian. “Pior desempenho do que nunca”, sintetizava o Bild, na Alemanha. Os títulos dos jornais não contam a história toda, longe disso, mas na manhã de 5 de Dezembro de 2023, mal foram conhecidos os resultados da última edição do PISA (sigla para Programme for International Student Assessment), o tom era este.

No PÚBLICO, o tom não foi muito diferente. Portugal não escapou à descida dos resultados: “Queda ‘sem precedentes’ nas médias dos alunos da OCDE. Portugal acompanha trambolhão” — foi o título do primeiro de vários artigos que naquele dia, e nos que se seguiram, dissecaram os resultados dos testes aplicados a milhares de alunos e procuraram respostas. Este é um dos textos disponíveis na nova edição da Estante P, exclusiva para assinantes, com mais de 130 páginas.

O PISA está longe de medir tudo o que importa nos sistemas educativos. Mas é, há mais de 20 anos, um instrumento essencial para comparar políticas, modelos e resultados.

Na avaliação de 2022 participaram cerca de 690 mil estudantes de 81 países e economias. Segundo a OCDE, esta amostra é representativa de perto de 29 milhões de alunos de 15 anos. As áreas avaliadas foram Ciências, Matemática e Leitura. Mas, como é habitual, cada edição privilegia uma área em particular e esta incidiu na Matemática, testando essencialmente a capacidade de os alunos resolverem problemas “da vida real”.

A queda “sem precedentes” do desempenho dos alunos, palavras da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), não se explica apenas com a pandemia da covid-19 que fechou escolas em todo o mundo. Edições anteriores do mesmo estudo, que se repete de três em três anos, já revelavam sinais de declínio. Singapura, Macau, Hong Kong, Japão são alguns dos que lideram os rankings dos desempenhos nas diferentes áreas.

Nas semanas que se seguiram à divulgação dos resultados, demos voz a dezenas de educadores, professores, académicos.

Lançamos agora, na nossa Estante P, uma nova edição onde compilamos muitos desses contributos. É um exclusivo para assinantes que pode guardar em PDF, com gráficos, entrevistas, análises e vários artigos de opinião que foram sendo publicados no PÚBLICO nas últimas semanas.

Este é um debate que se impõe, essencial para o desenvolvimento do país. E na véspera das eleições legislativas, momento central de discussão do caminho que temos feito e de propostas para o futuro, os diferentes olhares sobre os resultados que aqui mostramos podem ajudar a alimentar uma discussão séria e informada.

Não estamos sozinhos. Em diferentes geografias, procuram-se respostas para o que está a acontecer. E, nos próximos meses, a OCDE vai contribuir com análises mais finas aos resultados. Depois do choque, a procura de explicações.

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