Veneza com dias de entrada paga a partir de Abril: 5 euros
Estreia mundial: avança taxa e reserva para visitantes não alojados. Há dias a pagar, outros de acesso livre. Já se pode reservar e pagar online. Multas vão de 50 a 300€.
"A partir da Primavera de 2024, Veneza introduzirá um sistema de reservas e uma taxa de entrada para os visitantes" que "não pernoitarem em Veneza (e que residam fora da região de Veneto)", anuncia o Turismo oficial da cidade, aproveitando para lançar online o sistema de pagamentos, há muito em debate e planeamento, com atrasos vários. Taxa para os dias em que é obrigatório pagar entrada: 5 euros. Detalhe: A "contribuição para o acesso a Veneza", de seu nome oficial, apenas se aplica das 8h30 às 16h e para maiores de 14 anos.
O sistema complica-se um pouco em termos de calendário: a partir de 25 de Abril, há dias em que se paga, há dias em que a entrada é livre. Logo, há que estar atento.
Atenção às obrigações: os visitantes do centro histórico "terão de fazer uma reserva online e pagar uma taxa de 5 euros durante os períodos de maior afluência turística do ano". "Os que pernoitam em Veneza já pagam uma taxa turística", recorda-se.
No total, serão 29 dias com entrada paga. O primeiro período é de 25 de Abril a 5 de Maio. Também assim será nos fins-de-semana de Maio e Junho, mas exclui-se a Festa della Repubblica (dias 1 e 2 de Junho), assim como os dois primeiros fins-de-semana de Julho.
Portanto, quem quiser visitar a cidade, terá de estar atento à obrigação ou não do pagamento. "Esta taxa, uma experiência inédita, visa gerir melhor o fluxo de visitantes e preservar o património único da cidade, desincentivando o turismo de 'toca-e-foge'", explica-se em comunicado.
No site da cidade está disponível o sistema de registo e reservas (para já apenas surgia em inglês e italiano), além de outras informações, nomeadamente quem está isento (moradores, hóspedes e estudantes no município, proprietários, visitantes que vêm participar em eventos, em trabalho, em visita a familiares, entre outros). Mas mesmo isento é necessário fazer o registo e receber a confirmação, à excepção dos residentes ou nascidos no município.
A taxa só se aplica à cidade histórica e "não às ilhas mais pequenas, como a do Lido (com Alberoni e Malamocco), Pellestrina, Murano, Burano, Torcello, Sant'Erasmo, Mazzorbo, Mazzorbetto, Vignole, Sant'Andrea, La Certosa, San Servolo, San Clemente, Poveglia". De fora ficam também os que não acederão à Cidade Velha, mas estarão apenas "em trânsito por Piazzale Roma, Tronchetto ou Estação Marítima".
Depois da reserva, é recebido um código QR que certifica o pagamento ou a isenção.
E como será tudo isto fiscalizado? O município "poderá efectuar verificações, inspecções e visitas a locais através de pessoal autorizado, nos principais pontos de acesso à cidade".
As multas também já estão previstas: vão de 50 a 300 euros ("mais 10 euros da entrada").