Berlim revoga cláusula antidiscriminação após mobilização de milhares de artistas

Aprovada a 4 de Janeiro, a cláusula promovia, segundo os seus opositores, o silenciamento de quaisquer vozes críticas do Estado israelita ou apoiantes de causa palestiniana.

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Protestos em Berlim contra o alinhamento alemão com o Estado de Israel na guerra em Gaza MARYAM MAJD/getty images
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A decisão de condicionar a atribuição de financiamento público a artistas que cumpram uma cláusula antidiscriminação, anunciada a 4 de Janeiro pelo senador da Cultura e Coesão Social de Berlim, Joe Chialo, levou à mobilização de milhares de artistas numa carta aberta onde é defendido o boicote às instituições culturais, não só berlinenses, mas de toda a Alemanha. Nela, acusa-se o estado federado da capital alemã de promover o silenciamento de quaisquer vozes críticas ao Estado israelita e daquelas que manifestem apoio à causa palestiniana ou simplesmente solidariedade com os palestinianos. A pressão teve efeito. Nesta segunda-feira, Joe Chialo anunciou a revogação da cláusula. “Tenho de levar a sério as vozes jurídicas e as vozes críticas que consideram a cláusula uma restrição à liberdade artística.”

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