“Se os cidadãos usam cannabis, porque não deixar que o façam em segurança?”

A marijuana já é legal para fins recreativos em 24 estados norte-americanos, e a Casa Branca quer mudar a classificação federal da substância. O Vermont é dos mercados regulados mais recentes no país.

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Folha de cannabis sativa EPA/CLEMENS BILAN
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Há gomas, chocolates e latas de refrigerantes de cores vivas. Há vasos com a planta, frascos com a flor, ganzas já enroladas e cartuchos para vaping. Há um cicerone que nos faz perguntas, traça o perfil e recomenda algo que corresponda às nossas preferências, ao nosso hábito de consumo ou uma necessidade específica, como se estivéssemos numa garrafeira e alguém nos guiasse por regiões, castas e anos de colheita. Kerri, uma jovem enfermeira, não é consumidora frequente de cannabis, nem gosta de fumar, mas procura algo que a ajude a relaxar. “Meia goma chega para quem não está habituado”, avisa Paddy, “embaixador” da Bern Gallery, um estabelecimento de venda de produtos de cannabis em Burlington, no estado norte-americano do Vermont. Kerri sai dali com um frasquinho de gomas com sabor a ananás e partes iguais de CBD (um ingrediente activo da cannabis, sem efeitos alucinogénios) e THC (tetrahidrocanabinol, componente psicoactivo da cannabis). Um produto de venda proibida em Portugal, mas legal para fins recreativos neste e noutros 23 estados norte-americanos, bem como em Washington DC. Para fins medicinais, a marijuana está legalizada em 38 estados e na capital.

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