Venda de livros em Portugal teve aumento de 7% em 2023

Em termos de facturação, o segmento que representou um maior encaixe para o sector livreiro foi o da ficção, seguindo-se o da não-ficção e o infanto-juvenil.

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Feira do Livro de Lisboa NUNO ALEXANDRE
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No ano passado venderam-se 13,1 milhões de livros em Portugal, com um encaixe de 187,2 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 7% face a 2022, revelou esta sexta-feira a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL).

Segundo a APEL, que recorre a dados disponibilizados pela consultora GfK, do total de livros vendidos, 13.264 foram novidades editoriais. Apesar deste aumento, a APEL considera que houve "um crescimento menor do que o apresentado em 2021 e 2022", o que "indicia uma estabilização do mercado depois do ano de ruptura de 2020 e evidencia a necessidade de resolver muitas das fragilidades quer do sector editorial quer do sector livreiro".

De acordo com os dados divulgados, a maioria dos livros vendidos (34,1%) dizia respeito ao segmento infanto-juvenil, seguindo-se a ficção (32,3%) e a não-ficção (30,2%). Em termos de facturação, o segmento que representou um maior encaixe para o sector livreiro foi o da ficção (37,3%), seguindo-se o da não-ficção (35,5%) e o infanto-juvenil (26,3%).

Estes valores relacionam-se também com o preço de venda dos livros. Em 2023, o preço médio de livro vendido sofreu aumentos de 3,3% para 14,21 euros, segundo contas da APEL. Em média, um livro para crianças ou jovens custava 10,95 euros, enquanto o de ficção custava 16,38 euros e o de não-ficção 16,68 euros. Oitenta por cento dos livros foram vendidos em livrarias, e os restantes 20% em hipermercados.

Em termos de dados parcelares, a APEL sublinha que 2023 terminou com "um trimestre de evolução favorável no mercado, tanto em volume como em valor". O quarto trimestre de 2023, de Outubro a Dezembro, marcado sobretudo pelas vendas de Natal, registou 63,1 milhões de euros de vendas, o que significou um aumento de 7,3% face ao mesmo período de 2022.