Este universo privado, mas acessível a todos, chamado Best Youth
Everywhen, novo álbum do duo portuense, é doce melancolia expressa em passos de dança. Elegância pop e onirismo, o som de uma banda que avança sem perder de vista o lugar onde tudo começou.
“Actualmente, tudo nos parece dizer que a vida é vivida em segundos. Já nos é difícil viver em dias, em semanas, em meses”, lamenta Catarina Salinas. Está a pensar no corrupio contemporâneo, na forma como cada milionésima fracção de tempo tem de ter a nossa atenção presa ao que quer que seja, porque a nossa atenção, no ecossistema económico-social contemporâneo, é o mais concorrido dos bens. “É certo que, a partir do momento em que acordamos, todos os segundos são valiosos. A questão é que, agora, pedem a nossa atenção segundo a segundo.” Catarina Salinas e Ed Rocha Gonçalves, o duo que forma os Best Youth, lembram-se de uma realidade diferente, há milénios, numa galáxia distante, “em que tínhamos tempo para estar aborrecidos, em que o tempo tinha tempo”.
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