PCP cola PS às políticas de direita e defende rede pública de lares e creches

O PCP está reunido este sábado num encontro nacional que visa marcar o arranque da campanha eleitoral. Jerónimo de Sousa estará presente e discursará às 15h30.

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Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, fará o encerramento do encontro LUSA/JOSÉ COELHO
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Com o dedo apontado às "quatro décadas de política de direita", à "destruição da capacidade produtiva" e ao "desinvestimento nos serviços públicos", o PCP já começou a marcar passo para a campanha eleitoral, num encontro nacional que decorre este sábado, no Fórum Lisboa, que junta comunistas e contará com a presença do ex-secretário geral, Jerónimo de Sousa.

O PCP fala aos "trabalhadores e reformados" que são "empurrados para o empobrecimento" com baixos salários e pensões. Paula Santos, líder parlamentar, criticou as dificuldades "no acesso à saúde, enquanto 8 mil milhões de euros do orçamento da saúde é desviado para os grupos provados".

A líder parlamentar criticou também o estado dos "incomportáveis preços da habitação" e apelou aos eleitores que votem numa verdadeira alternativa de esquerda, afastando o PS. Na sua intervenção, Paula Santos colocou no mesmo saco o PS, PSD, CDS, IL e Chega, que, disse, representam "a política de direita e os interesses dos grupos económicos".

Paula Santos colocou o aumento geral dos salários como uma questão de "emergência nacional" e a revogação das "normas gravosas da legislação laboral".

Entre as medidas propostas, estão a valorização das reformas e pensões e a aposta numa rede pública de lares, bem como uma efectiva criação de uma rede pública de creches gratuitas. Paula Santos defendeu também um investimento na escola pública, a criação de um Serviço Público de Cultura (com 1% do Orçamento do Estado para a Cultura), com apoios ao acesso ao desporto e movimento associativo popular.

O PCP criticou ainda a "promiscuidade entre o poder político e económico" e defendeu uma política de combate à corrupção. Paula Santos não deixou ainda de fora o apelo aos sectores produtivos, nomeadamente a pequena agricultura e a pequena pesca, que "assegure o controlo público de empresas e sectores estratégicos" e que "reverta as privatizações".

O encontro, que arrancou às 10h30 e que será encerrado às 17h pelo líder do partido, Paulo Raimundo, visa discutir a estratégia do partido para as três eleições de 2024: as regionais dos Açores, a 4 de Fevereiro, as legislativas a 10 de Março e as europeias a 9 de Junho.

O encontro terá ainda intervenções de todos os cabeças de lista que irão concorrer às legislativas, e que incluem o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo (por Lisboa), os deputados Alfredo Maia (Porto), Paula Santos (Setúbal), João Dias (Beja) e Alma Rivera (Évora), e o ex-autarca de Loures Bernardino Soares (Santarém).

O ex-líder parlamentar João Oliveira - que não conseguiu ser eleito nas legislativas de 2022 e que foi anunciado como cabeça de lista da CDU para as eleições europeias de Junho -, também discursará.

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