A academia do Benfica é a mais rentável da última década
“Encarnados” fizeram 516 milhões de euros neste período, um montante largamente superior ao do Ajax, segundo classificado. Sporting também entra no top 10.
O Benfica detém a academia de futebol mais rentável da última década. Esta é a conclusão de um estudo levado a cabo pelo Observatório do Futebol (CIES), e divulgado nesta quarta-feira, que compilou uma lista dos 100 clubes que mais receitas geraram com vendas de activos que saíram dos escalões de formação.
A análise tem em conta os negócios realizados nos últimos dez anos e que envolvem jogadores com pelo menos três épocas de clube, entre os 15 e 21 anos de idade. Neste contexto, o Benfica lidera o ranking de forma destacada, com um total de 516 milhões de euros em vendas, sendo que dois terços desse valor foram obtidos nos últimos cinco anos.
Em causa estão 30 transferências dos "encarnados" no período entre 2014 e 2023, que geraram 182 milhões de euros entre 2014 e 2018, e 335 milhões nos últimos cinco anos. À cabeça está, naturalmente, a venda de João Félix (127 milhões de euros) ao Atlético Madrid, mas também se destacam os negócios de Rúben Dias (71,6 milhões para o Manchester City) e Gonçalo Ramos (60 milhões para o PSG).
Logo atrás do Benfica nesta tabela elaborada pelo CIES surge o Ajax, clube com uma das melhores academias do mundo, com um total de 376 milhões de euros (destaca-se o médio Frenkie de Jong, vendido ao Barcelona por 86 milhões), enquanto os franceses do Lyon fecham o pódio, com 370 milhões (Lacazette mudou-se para o Arsenal por 53 milhões).
No top 10, para além de três emblemas ingleses (Chelsea, Tottenham e Manchester City), regista-se também a presença do Sporting, na sétima posição, com 306 milhões de euros de receitas, 38% das quais respeitantes aos últimos cinco anos. Na última década, os "leões" negociaram 31 jogadores formados em Alcochete.
O FC Porto surge na 15.ª posição, com 221 milhões, mas muito menos jogadores colocados no mercado (somente 19), enquanto o Sp. Braga encerra a presença portuguesa nesta lista, já no 55.º posto, com 99 milhões decorrentes da venda de oito jogadores da formação.