Autoridades elevam balanço de terramoto no Japão para mais de 120 mortos
Ainda há pelo menos 211 pessoas desaparecidas. Um novo sismo ocorreu às 5h26 (horas locais) com epicentro a cerca de dez quilómetros de profundidade na península de Noto.
As autoridades do Japão elevaram para 126 o número de mortos no terramoto de magnitude 7,6 na escala de Richter que atingiu o centro-oeste do país na última segunda-feira, 1 de Janeiro.
As buscas por sobreviventes nos escombros dos edifícios desabados entra agora no sexto dia. O número de desaparecidos baixou para 211, depois de, na sexta-feira, constarem 242 nomes na lista, informou a agência de notícias Associated Press (AP), referindo que foram resgatados sobreviventes que passaram dias sob os escombros.
De acordo com as autoridades de Ishikawa, a área afectada pelo sismo, mais de 500 pessoas ficaram feridas na sequência do terramoto.
O terremoto destrui infra-estruturas e interrompeu o fornecimento de energia de mais de 22 mil casas na região de Hokuriku. A chuva dificultou os esforços para procurar sobreviventes entre os escombros e mais de 30 mil aguardavam ajuda para serem retiradas das zonas mais críticas.
“Estou perfeitamente consciente da extensão dos danos causados”, disse o primeiro-ministro Fumio Kishida quando o número de vítimas ultrapassou a marca dos 100, o número de vítimas mortais mais alto desde o terremoto ocorridos em 2016 na região sudoeste de Kumamoto.
Kishida disse aos funcionários do Governo para acelerarem os esforços de emergência e para reporem o acesso nas estradas principais destruídas pelo terremoto, para que as actividades de resgate e socorro possam ser agilizadas.
Entretanto, um terramoto de magnitude 5,3 abalou a mesma região, anunciou a Agência Meteorológica do Japão (JMA).
O novo sismo ocorreu às 5h26 horas locais (20h26 de sexta-feira em Lisboa) com epicentro a cerca de dez quilómetros de profundidade na península de Noto, ainda de acordo com a JMA.
As autoridades locais não comunicaram quaisquer danos causados pelo terramoto deste sábado, nem interrupções adicionais nas redes de transporte rodoviário ou ferroviário.
Muitas destas infra-estruturas continuam danificadas desde o terramoto de segunda-feira, o que está a dificultar os trabalhos de busca e resgate dos desaparecidos.