Os meus desejos para 2024 são...

Neste final de ano, a Ímpar, marca de lifestyle do PÚBLICO, pediu aos seus cronistas para, numa curta frase, enunciarem os seus votos para o novo ano que se aproxima.

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Os votos para o novo ano dos cronistas do Ímpar Tairon Fernandez/Pexels
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Neste final de ano, a Ímpar, marca de lifestyle do PÚBLICO, pediu aos seus cronistas para, numa curta frase, enunciarem os seus votos para o novo ano que se aproxima. Carmen Garcia, a enfermeira que nas redes sociais é A Mãe Imperfeita, abre todos os domingos com a rubrica Tanto faz não é resposta, que pode ser lida na edição impressa, no P2.

Às segundas-feiras, é a vez da radialista Inês Meneses com O Coração Ainda Bate, que é também um podcast. Segue-se o jornalista João da Silva, também às segundas, com Livro de Cabeceira. Às terças e sextas, e agora também às quintas com o podcast, a mãe e filha Isabel e Ana Stilwell com as Birras de Mãe. A jornalista Liliana Carona e a autora Madalena Sá Fernandes intercalam, às quartas-feiras, com as crónicas Do Interior, com Amor e A Minha Praia, respectivamente. Eis os seus desejos para 2024:

"Pela dignidade dos mais velhos" — Carmen Garcia

Não gosto de discursos de Miss Portugal e esgoto sempre os desejos antes de chegar à metade das passas da meia-noite, mas há uma coisa que espero ver acontecer há anos e que, infelizmente, tarda a ser realidade em Portugal. Posto isto, dedos cruzados e esperança a acompanhar, espero que 2024 seja o ano em que a contenção física de idosos passe a ser considerada um crime. Pela dignidade dos mais velhos. Não existe outro caminho.

"Só com humanidade" — Inês Meneses

Humanidade é o que posso pedir para 2024.

Para chegarmos à paz ou à erradicação da pobreza, só com humanidade: humanidade dos líderes mundiais, dos bilionários, dos gestores, dos governantes. Humanidade para quem teima em excluir. Humanidade para quem insiste em poluir. Humanidade para quem retira prazer do incitamento ao ódio ou à propagação da mentira. Humanidade para quem vai dormir sabendo que muitos a seu cargo carregam noites de insónia feita de incertezas.

Humanidade em 2024 para que a esperança não desista de nós.

"Sem saúde, o que desejar?" — João da Silva

Para mim, para os meus e para todos – excluindo os que matam, violam, agridem e abusam –, desejo muita saúde. Depois, como «conforme comemos, assim vivemos», que baixem os preços dos alimentos a sério e subam os do lixo processado. Sem boa comida, não há boa saúde; e sem saúde, o que desejar? Com esse desejo cumprido, venham beijos e abraços, trabalho e dias a vegetar, boas conversas e bons silêncios, bons livros e bons passeios.

Queridas Mães — Ana e Isabel Stilwell

A minha mãe gosta de se preocupar com o mundo inteiro, passando noites acordada a imaginar soluções para os problemas alheios. Dos mais simples, do género, "A minha neta mencionou que não tinha uma camisola branca, será que as lojas estão abertas a esta hora?"; aos mais românticos, "A x divorciou-se e o y está solteiro, vou juntá-los”; passando pelos muito complexos, como, por exemplo, resolver a guerra na Ucrânia. Não é por isso de espantar que tenha decidido enumerar os meus desejos de Ano Novo (podem confirmar no podcast Birras de Mãe), mas não se ficou por aí: quando o PÚBLICO quis conhecer os nossos desejos para 2024, ficou claro que ia decidir também os vossos, e já não cheguei a tempo de a impedir! Por isso aqui vão seis desejos, quase sete, que não sabiam que queriam, mas que a minha mãe (em nome de todas as avós) tem a certeza de que precisam:

  1. Banhos de imersão;
  2. Um hobby que vos apaixone;
  3. Um bom sobrecolchão;
  4. Conversas ao telefone com uma amiga sem interrupções;
  5. Uma ida ao shopping com a vossa mãe;
  6. Paz no mundo e muita saúde.

Bom Ano Novo cheio de Birras

Ana e Isabel

"Que encontre um sapo encantado" — Liliana Carona

Querida leitora e querido leitor,

Falar de sonhos e desejos soa-nos cada vez mais difícil e supérfluo perante as notícias de tantos e perigosos conflitos. Mas… o meu primeiro desejo é que continue a ler-me. O meu sonho? Conquistar a almejada estabilidade profissional. E a minha intenção… é que eu vá parar às Maldivas, encontre um sapo encantado (já sabemos que príncipes não há), e que envie a próxima crónica enquanto sorvo mojitos na minha ilha.

Para si, desejo-lhe apenas saúde. Haverá bem mais precioso?

"Desejo o desejo" — Madalena Sá Fernandes

Desejo coragem e movimento. Desejo as coisas importantes: saúde, paz, amor. Desejo que a amizade seja tratada como a coisa importante que é. Desejo as coisas de sempre e desejo a novidade. Desejo sentir, acima de compreender.

Desejo ver mais filmes, ler mais livros. Desejo escrever e cercar-me do que preciso para tal: tempo. Desejo tempo. Desejo que se perca o medo de misturar. Desejo misturas.

Desejo o desejo, como a força que é e como aquilo que nos faz agir. Desejo que se mantenha vivo o desejo. Que se tenha a sabedoria de nunca o eliminar na totalidade.

Desejo que os leitores desejem muito.

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