Manuel de Freitas: “Fiz uma fogueira com 1200 poemas. Foi uma noite triunfal, uma alegria ver aquilo a arder!”
Vinte e tal anos após ter sobressaltado o meio lírico nacional com a antologia Poetas Sem Qualidades, Manuel de Freitas está agora a reunir a sua obra poética nos três volumes de Levar Caminho.
Entre os poetas portugueses que se afirmaram no início deste século, poucos se terão destacado como Manuel de Freitas. Só nessa primeira década, publicou cerca de trinta livros de poemas, de Todos Contentes e Eu Também (2000) a um título de ressonâncias pessoanas: A Nova Poesia Portuguesa (2010). Mas a sua centralidade no período ficou também a dever-se à sua actividade de crítico e ensaísta, ao seu papel como co-editor, com Inês Dias, da Averno e da revista Telhados de Vidro, e talvez não menos aos estragos provocados pela antologia-manifesto Poetas Sem Qualidades (2001). Freitas nunca deixou de escrever e publicar – embora ultimamente tenha abandonado o verso (ou vice-versa) –, mas a sua presença parece ter-se esbatido junto da novíssima geração de poetas.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.