Mais de 20 mil professores obrigados a concorrer a partir desta sexta-feira

Concurso de transição para os novos 63 Quadros de Zona Pedagógica vai decorrer até Janeiro

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Concurso de transição não abrange professores da vinculação dinâmica Diego Nery
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A partir desta sexta-feira, cerca de 24 mil professores vão ter de se apresentar a concurso para transitarem para as novas regiões a que vão ficar afectos. O anúncio de abertura do concurso foi publicado nesta quinta-feira, decorrendo o prazo de candidatura entre os dias 29 de Dezembro e 8 de Janeiro.

Este concurso decorre do novo regime de recrutamento de docentes, aprovado em Maio passado, que redimensionou as áreas geográficas dos chamados Quadros de Zona Pedagógica (QZP), cujo número passou de dez para 63.

A transição abrangerá todos os docentes colocados em QZP, à excepção dos cerca de seis mil que entraram para o quadro em 2023 ao abrigo da chamada “vinculação dinâmica” e que para o ano serão obrigados a concorrer a todo o país.

Para o concurso actual foram abertas 24.191 vagas. Os professores só poderão concorrer aos lugares que existem nas novas regiões resultantes da fragmentação dos QZP a que se encontram vinculados. Por exemplo, quem está a leccionar no Algarve continuará vinculado à mesma região, embora afecto a menos concelhos. A transição só será concretizada no próximo ano lectivo.

Os professores quando entram no quadro começam por ficar afectos a uma região, os QZP, podendo ser colocados em qualquer uma das escolas dessa zona, o que muitas vezes obriga a distâncias diárias que chegam aos 200 quilómetros. Com os novos QZP estas distâncias vão ser encurtadas.

De novo o exemplo do Algarve. Esta região correspondia a um só QZP, podendo os professores ter de se deslocar diariamente entre Lagos e Faro ou mais longe. Com a nova configuração, a região algarvia passa a contar com cinco regiões de colocação.

Os dois novos QZP com mais vagas (cerca de 8600) abrangem os concelhos da Grande Lisboa e da Península de Setúbal.

Numa nota enviada à comunicação social nesta quinta-feira, a Federação Nacional de Professores (Fenprof) contesta que o concurso de transição tenha sido aberto “em plena interrupção lectiva”. As aulas recomeçam a 3 de Janeiro.

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