Moimenta da Beira entra no Ano Novo com a Queima do Velho

Um “ritual pagão” que, por vários sítios de Portugal, se repete para que o ano velho arda de vez. Em Moimenta da Beira até é a “Queima do Velho 3.0”, com cortejo, carpideiras e fogos.

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A Queima do Velho fecha o ano CM Moimenta da Beira
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A Queima do Velho CM Moimenta da Beira
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A Queima do Velho CM Moimenta da Beira
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A Queima do Velho CM Moimenta da Beira

Às 23h15 da última noite do ano começa o cortejo fúnebre em Moimenta da Beira. E, assim, mais uma vez, se cumprirá a tradição da Queima do Velho, um "ritual pagão", como o resume o município, que, na verdade, se repete por vários pontos do país, embora em alguns deles, com variações, apenas por alturas do Carnaval.

Mas, neste município do distrito de Viseu, o fogo irá mesmo iluminar a passagem de ano, antes, durante e depois. A Queima do Velho 3.0, como modernamente é agora chamada, decorrerá a partir da Fonte de São João. Daqui sairá o "cortejo fúnebre com o velho (de palha) no esquife, um falso padre", além de "luminárias a ‘pingarem’ fogo, música a preceito a ditar o ritmo e as carpideiras da ordem num berreiro pelo lusco-fusco fora". São de esperar muitas lágrimas pela morte do ano velho, à mistura com alegria e algumas gargalhadas.

A singular procissão continuará depois pelas "principais ruas da vila e terminará no local de onde saiu". Na Fonte de São João, em contagem decrescente para a meia-noite, já estarão a arder "cepos de madeira que queimarão o velho de palha em segundos".

A Queima do Velho CM Moimenta da Beira
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A partir daí, a festa segue o percurso mais habitual: às 00h saltam fogos-de-artifício e em seguida há animação musical (no Largo do Tabolado), sendo de antecipar muito, muito espumante, ou não estivéssemos nós num dos reinos lusos desta celebratória bebida.

A cerimónia de queimar o "velho" não é caso único de Moimenta da Beira, embora boa parte das versões do ritual por várias partes do país decorra por alturas do Carnaval, em redor do mote "enterro do entrudo". Mas, a terminar o ano, também há outros sítios que têm a tradição de queimar o "velho", casos de Castro Laboreiro ou por Miranda do Douro (onde nos dois últimos dias do ano decorre o festival Geada).

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