Atenção aos brinquedos perigosos: este ano, foram emitidos quase 400 alertas

Direcção-Geral do Consumidor alerta para a presença de algumas substâncias químicas que podem ser prejudiciais para a saúde das crianças e ainda de peças pequenas, que podem provocar engasgamento.

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É aconselhado ter em conta alguns cuidados na compra de brinquedos, como por exemplo a idade e o nível de destreza da criança Matilde Fieschi/Arquivo
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A Direcção-Geral do Consumidor (DGC) emitiu, desde o início do ano, 395 alertas sobre brinquedos que podem ser perigosos para crianças, que foram encaminhados para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). ​Foram ainda instaurados dois processos-crime por venda ou ocultação de produtos contrafeitos e 24 processos de contra-ordenação. Estes dados são revelados este sábado pelo Jornal de Notícias (JN). De acordo com o jornal, a presença de químicos e o risco de engasgamento foram os principais perigos identificados.

Numa altura em que milhares de crianças recebem brinquedos como prendas de Natal, a DGC alerta para a presença de algumas substâncias químicas que podem ser prejudiciais para a saúde das crianças, dando como exemplo os ftalatos, compostos capazes de tornar os plásticos rígidos em plásticos maleáveis, presentes, por exemplo, em bolas. E alerta ainda para a quantidade excessiva de boro, responsável pela viscosidade do slime (uma pasta colorida e pegajosa que é moldável).

Existem ainda outros produtos que, pelas suas dimensões, podem ser facilmente colocados na boca e comportar um risco de engasgamento, como pilhas ou ímanes.

Por isso, a DGC aconselha a ter alguns cuidados na compra de brinquedos: ter em conta a idade e o nível de destreza das crianças, bem como optar por produtos com o símbolo “CE”, indicativo de que cumpre as regras europeias. E verificar ainda se não tem peças facilmente descartáveis para crianças com menos de três anos, mais susceptíveis de poderem ser engolidas e engasgar. Pede ainda atenção para que se verifique se são brinquedos com arestas cortantes ou pontiagudas ou com cordas e fios que representem risco de estrangulamento.

Este ano, a DGC, que é tutelada pelo Ministério da Economia, contabilizou ainda 60 reclamações relacionadas com estes produtos, sendo que a maioria corresponde a processos relacionados com compras online.

Nos últimos cinco anos, diz ainda o JN, a ASAE apreendeu cerca de 14 mil brinquedos por incumprimento das regras de segurança. Foram ainda instaurados 24 processos de contra-ordenação e dois processos-crime por venda ou ocultação de produtos contrafeitos, num valor que ascendia aos 13.360 euros.

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