Sp. Braga também garante final four da Taça da Liga

Depois da derrota com o Benfica, minhotos reagem com personalidade na Madeira, conquistando triunfo folgado para ficar à espera de Sporting ou Tondela em Leiria.

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LUSA/HOMEM DE GOUVEIA

Acabou por ser mais simples do que indiciavam os primeiros minutos, mas o Sp. Braga bateu ao sprint, com um triunfo por 3-1 sobre o Nacional, na Choupana, o aspirante Casa Pia. O percalço na Liga não interferiu no objectivo de garantir a terceira vaga na final four da Taça da Liga, em Leiria, com os minhotos a juntarem-se a Estoril e Benfica... aguardando apenas o Tondela-Sporting deste sábado (18h) para confirmar as suspeitas de um provável duelo com os “leões”.

Para destronar o líder Casa Pia e vencer o Grupo A, o Sp. Braga precisava de ganhar por dois golos de diferença — ou pela margem mínima desde que marcasse pelo menos três vezes, já que o 2-1 deixaria os minhotos a consultar o cartão de cidadão para fazer contas à média de idades.

Mas a inclusão de jogadores como José Fonte e João Moutinho no “onze” inicial não deixava dúvidas quanto à ambição e determinação dos comandados de Artur Jorge, pouco vocacionados para matemáticas aplicadas.

Apesar de tudo, o início não parecia promissor, tendo pertencido ao Nacional a iniciativa e controlo das acções no primeiro quarto de hora, ainda que sem qualquer ameaça objectiva à baliza de Hornicek.

Contudo, eram evidentes as dificuldades de progressão do Sp. Braga, com Bruma “tapado” pela aliança estabelecida entre João Aurélio e Dudu, um atacante com fortes preocupações defensivas.

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Nada que a negligência de Marakis, ao pisar Ricardo Horta na grande área, não invertesse. Com o penálti assinalado por Miguel Nogueira e “bem batido” por João Moutinho, o Sp. Braga entrou definitivamente no jogo e não tardou a garantir a tal vantagem de dois golos.

Mas não sem que árbitro e VAR precisassem de sete minutos para devolver o golo obtido, na sequência de um canto, por Niakaté: o lance foi inicialmente anulado por fora de jogo que o VAR descartou, deixando à consideração do árbitro uma possível interferência de Banza (em posição irregular) no campo de visão do guarda-redes na altura do primeiro remate de Ricardo Horta.

As imagens dissiparam as dúvidas e o Sp. Braga viu, aos 31 minutos, confirmada a vantagem alcançada pelo central francês aos 24. Faltava, então, impor uma margem de segurança capaz de permitir mais uma hora de jogo sem sobressaltos. Momento assumido pelo “capitão” de equipa mesmo em cima do minuto 45, com Ricardo Horta a desfazer o sonho do Casa Pia chegar à final four.

Claro que faltavam disputar 45 minutos, ainda que nem o Nacional (sem ambições, para além da competitividade óbvia) nem o Casa Pia apostassem muito dinheiro no descalabro bracarense. Até porque os madeirenses estavam obrigados a marcar um mínimo de três golos para cancelar a ida do Sp. Braga a Leiria.

De resto, apesar de novo bom início do Nacional, o Sp. Braga mostrou o seu lado mais cínico e só não arrumou de imediato a questão porque o golo de Pizzi (53’) não valeu. Aproveitou o Nacional para mostrar as garras e reduzir (62') por José Gomes, abrindo o apetite para a última meia hora.

Aposta para a segunda parte, José Gomes revelou-se, então, a maior ameaça à baliza de Hornicek, que obrigou a defesa apertada antes de enviar nova bola ao poste. O Sp. Braga acusava o golpe e sentia a pressão que Chuchu Ramirez podia ter tornado insuportável com um golo de bandeira precedido de falta que não escapou à acção do árbitro.

À falta de novo golo insular, a tensão diminuiu nos instantes finais, que confirmaram o triunfo e apuramento bracarense.

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