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As histórias por detrás das fotografias que marcaram 2023

Guerras, desastres naturais, crises humanitárias e migratórias. A Reuters perguntou aos seus fotógrafos o que está por detrás das fotografias mais marcantes do ano.

Homem carrega o corpo de Sali, de cinco anos, uma menina palestiniana que perdeu a vida num bombardeamento israelita. A sua tia, Inas Abu Maamar, de 36 anos, chora a sua morte durante o funeral, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, no dia 17 de Outubro de 2023. REUTERS/Mohammed Salem
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Homem carrega o corpo de Sali, de cinco anos, uma menina palestiniana que perdeu a vida num bombardeamento israelita. A sua tia, Inas Abu Maamar, de 36 anos, chora a sua morte durante o funeral, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, no dia 17 de Outubro de 2023. REUTERS/Mohammed Salem

Do terramoto na Turquia à guerra na Ucrânia, da crise migratória na fronteira dos EUA ao conflito em Israel e na Faixa de Gaza, os fotógrafos da Reuters assistiram a tudo. A agência Reuters perguntou-lhes o que aconteceu no momento em que clicaram no botão das suas câmaras fotográficas, numa selecção que considera conter as imagens e acontecimentos mais marcantes ou visualmente interessantes do ano de 2023.

O fotógrafo libanês Mohammed Salem, que cobre a destruição e crise humanitária que se vive na Faixa de Gaza às mãos do governo e exército israelitas, não esquecerá o dia do funeral de uma das mais de seis mil crianças que perderam a vida na sequência de um bombardeamento israelita. Saly tinha apenas cinco anos. A sua tia, de 36 anos, segurava nos braços a criança sem vida, enrolada num lençol, antes de ela ser transportada pelo homem que se vê na imagem, a 17 de Outubro, em Khan Younis, Gaza. "Foi um momento poderoso e triste, e sinto que a fotografia resume, de forma ampla, o que se está a passar em Gaza", explicou à agência noticiosa internacional. "As pessoas estavam confusas, a correr de um lado para o outro, ansiosas por saber o que tinha acontecido aos seus familiares; esta mulher chamou a minha atenção quando estava a segurar o corpo da menina, recusando-se a largá-la."

Na Ucrânia, mais propriamente em Bakhmut, o fotógrafo Oleksandr Ratushniak assistiu a um momento de despedida entre uma criança de seis anos, Arina, e o seu avô. As forças russas tinham invadido Bakhmut em Janeiro e a mãe de Arina pediu às autoridades que levassem a criança da casa dos avós para um outro lugar, outra cidade. Inicialmente, os avós não queriam deixá-la ir. "Eu percebi que eles não queriam deixá-la ir porque a amam, mas no final entenderem que, se a amavam, tinham de deixá-la", recorda o fotógrafo. Arina é uma das 11 milhões de pessoas que foram forçadas a abandonar as suas casas devido à invasão russa, desde Fevereiro de 2022.

Outras imagens, não tão historicamente relevantes mas de grande impacto visual, compõem o conjunto de fotografias cuidadosamente editado pela Reuters, nomeadamente as que descrevem a lua cheia sobre o Templo de Poseidon, em Atenas, ou que aludem ao lançamento falhado do último vaivém espacial de Elon Musk, no Texas, EUA. O momento exacto em que uma tenista torce um tornozelo no Roland Garros e o arco-íris que se formou sobre um gigantesco reservatório de água em Inglaterra também entram na selecção.

Um homem corre por entre espuma do mar enquanto uma frente fria se movia da Península do Cabo, na sequência de uma semana de mau tempo e inundações na Cidade do Cabo, África do Sul, 19 de Junho de 2023. O fotógrafo Nic Bothma molhou-se ao tirar a fotografia da espuma marítima. Quando a frente de frio sazonal se aproximou, identificou uma baía que seria, provavelmente, afectada pela ondulação e ventos fortes, e esperou que o mar subisse. "Felizmente, isto também coincidiu com a luz de final de dia, que embelezou a fotografia", conta. Em busca de um ângulo imersivo, observou o oceano e posicionou-se no momento certo com uma objectiva grande angular. "Tinha a minha câmara coberta com o meu casaco devido às condições meteorológicas e só a usei poucos segundos para captar esta imagem. Mesmo assim, a objectiva e o corpo da câmara ficaram cobertas de espuma", contou. "Fiquei muito molhado, apesar de estar equipado para a chuva."
Um homem corre por entre espuma do mar enquanto uma frente fria se movia da Península do Cabo, na sequência de uma semana de mau tempo e inundações na Cidade do Cabo, África do Sul, 19 de Junho de 2023. O fotógrafo Nic Bothma molhou-se ao tirar a fotografia da espuma marítima. Quando a frente de frio sazonal se aproximou, identificou uma baía que seria, provavelmente, afectada pela ondulação e ventos fortes, e esperou que o mar subisse. "Felizmente, isto também coincidiu com a luz de final de dia, que embelezou a fotografia", conta. Em busca de um ângulo imersivo, observou o oceano e posicionou-se no momento certo com uma objectiva grande angular. "Tinha a minha câmara coberta com o meu casaco devido às condições meteorológicas e só a usei poucos segundos para captar esta imagem. Mesmo assim, a objectiva e o corpo da câmara ficaram cobertas de espuma", contou. "Fiquei muito molhado, apesar de estar equipado para a chuva." REUTERS/Nic Bothma
Eduard Ghahramanyan, pai do fotógrafo freelancer David Ghahramanyan, reage, na companhia de outros familiares, à saída da região de Nagorno-Karabakh, numa estrada que liga com a fronteira da Arménia, a 6 de Setembro de 2023. Após uma operação militar para retomar o controlo da região Nagorno-Karabak, habitantes de etnia arménia fogem em direcção à fronteira. O fotógrafo David Ghahramanyan e a sua família viajaram com eles por um percurso de 77 quilómetros que demorou mais de 24 horas. Esperavam demorar apenas duas horas. O êxodo forçado fez com que Ghahramanyan captasse o seu pai a chorar.
Eduard Ghahramanyan, pai do fotógrafo freelancer David Ghahramanyan, reage, na companhia de outros familiares, à saída da região de Nagorno-Karabakh, numa estrada que liga com a fronteira da Arménia, a 6 de Setembro de 2023. Após uma operação militar para retomar o controlo da região Nagorno-Karabak, habitantes de etnia arménia fogem em direcção à fronteira. O fotógrafo David Ghahramanyan e a sua família viajaram com eles por um percurso de 77 quilómetros que demorou mais de 24 horas. Esperavam demorar apenas duas horas. O êxodo forçado fez com que Ghahramanyan captasse o seu pai a chorar. REUTERS/David Ghahramanyan
Um mineiro ajusta o seu capacete no interior de uma mina de sal, onde se constrói uma linha de transporte de energia verde proveniente de turbinas de vento na costa norte em direcção ao sul do país que deverá estar concluída em 2028, na mina Suedwestdeutsche Salzwerke, em Heilbronn, Alemanha, a 12 de Setembro de 2023. O fotógrafo Kai Pfaffenbach conseguiu acesso a dois mundos que raramente são vistos do exterior ao penetrar 200 metros abaixo de terra para ver a construção do canal de energia eléctrica SuedLink, que será um elemento central no processo de transição energética alemã. "Chegar até lá foi uma verdadeira aventura", recorda o fotógrafo. "Foi obrigatório fazer exames médicos e ter formação de segurança antes de poder juntar-me ao pequeno grupo de jornalistas que entravam no elevador de alta velocidade que estava coberto de pó de sal enquanto nos transportava para baixo."
Um mineiro ajusta o seu capacete no interior de uma mina de sal, onde se constrói uma linha de transporte de energia verde proveniente de turbinas de vento na costa norte em direcção ao sul do país que deverá estar concluída em 2028, na mina Suedwestdeutsche Salzwerke, em Heilbronn, Alemanha, a 12 de Setembro de 2023. O fotógrafo Kai Pfaffenbach conseguiu acesso a dois mundos que raramente são vistos do exterior ao penetrar 200 metros abaixo de terra para ver a construção do canal de energia eléctrica SuedLink, que será um elemento central no processo de transição energética alemã. "Chegar até lá foi uma verdadeira aventura", recorda o fotógrafo. "Foi obrigatório fazer exames médicos e ter formação de segurança antes de poder juntar-me ao pequeno grupo de jornalistas que entravam no elevador de alta velocidade que estava coberto de pó de sal enquanto nos transportava para baixo." REUTERS/Kai Pfaffenbach
Um avô abraça a sua neta, Arina, de seis anos, enquanto se despedem no momento que precede a evacuação da linha da frente de Bakmut, no contexto do ataque da Rússia à Ucrânia, em Donetsk, Ucrânia, Janeiro de 2023. Arina é uma das 11 milhões de pessoas que foram forçadas a deslocar-se devido à guerra na Ucrânia, de acordo com dados da ONU. Enquanto as tropas ocupavam a periferia de Bakhmut, a sua mãe pediu à polícia para levar a sua filha para fora da região, conta o fotógrafo Oleksandr Ratushniak, que conversou com a mãe e viajou com a equipa de evacuação da polícia até à casa dos avós paternos de Arina, em Bakhmut. Os avós disseram, inicialmente, que não queriam que a menina fosse transportada, mas acabaram por concluir que seria a melhor solução. "Percebi que os avós da Arina não queriam que ela fosse porque a amam, mas no fim entenderam que amá-la significa deixá-la ir", disse Ratushniak.
Um avô abraça a sua neta, Arina, de seis anos, enquanto se despedem no momento que precede a evacuação da linha da frente de Bakmut, no contexto do ataque da Rússia à Ucrânia, em Donetsk, Ucrânia, Janeiro de 2023. Arina é uma das 11 milhões de pessoas que foram forçadas a deslocar-se devido à guerra na Ucrânia, de acordo com dados da ONU. Enquanto as tropas ocupavam a periferia de Bakhmut, a sua mãe pediu à polícia para levar a sua filha para fora da região, conta o fotógrafo Oleksandr Ratushniak, que conversou com a mãe e viajou com a equipa de evacuação da polícia até à casa dos avós paternos de Arina, em Bakhmut. Os avós disseram, inicialmente, que não queriam que a menina fosse transportada, mas acabaram por concluir que seria a melhor solução. "Percebi que os avós da Arina não queriam que ela fosse porque a amam, mas no fim entenderam que amá-la significa deixá-la ir", disse Ratushniak. REUTERS/Oleksandr Ratushniak
O comandante do barco, conhecido como usho, Youichiro Adachi (à esquerda), segura as rédeas que estão atadas aos pescoços e corpos dos corvos-marinhos no rio Nagara, no Parque Nacional Oze, no Japão, a 8 de Setembro de 2023. Para o fotógrafo Kim Kyung-Hoon, tirar a fotografia revelou ser um desafio técnico. Estava muito escuro, a única fonte de luz era o fogo que tinha atado ao barco. Adachi e os pássaros estavam em movimento constante e estava a chover copiosamente. Kyung-Hoon estava nervoso. Ajustou a velocidade de obturação, susteve a respiração e fez vários disparos. "Fiquei desapontado ao perceber que a maioria tinha ficado desfocada", disse Kyung-Hoon. "Dois disparos sairam bem, captaram o momento certo." Esta foi a fotografia que melhor resultou.
O comandante do barco, conhecido como usho, Youichiro Adachi (à esquerda), segura as rédeas que estão atadas aos pescoços e corpos dos corvos-marinhos no rio Nagara, no Parque Nacional Oze, no Japão, a 8 de Setembro de 2023. Para o fotógrafo Kim Kyung-Hoon, tirar a fotografia revelou ser um desafio técnico. Estava muito escuro, a única fonte de luz era o fogo que tinha atado ao barco. Adachi e os pássaros estavam em movimento constante e estava a chover copiosamente. Kyung-Hoon estava nervoso. Ajustou a velocidade de obturação, susteve a respiração e fez vários disparos. "Fiquei desapontado ao perceber que a maioria tinha ficado desfocada", disse Kyung-Hoon. "Dois disparos sairam bem, captaram o momento certo." Esta foi a fotografia que melhor resultou. REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Uma cadete recém-graduada sangra após ter sido atingida na cabeça por chapéus que os seus colegas atiraram ao ar, num gesto de celebração pelo fim do seu treino na Academia Militar dos Estados Unidos da América, em West Point, Nova Iorque, a 27 de Maio de 2023. O fotógrafo Eduardo Munoz estava a cobrir a cerimónia quando viu, por entre os muitos cadetes, um que sangrava da cabeça. "Quando todos os chapéus tocaram o chão, o meu olhar fugiu do visor da câmara e viu, ao longe, mas não demasiado, um dos cadetes com sangue na cara."
Uma cadete recém-graduada sangra após ter sido atingida na cabeça por chapéus que os seus colegas atiraram ao ar, num gesto de celebração pelo fim do seu treino na Academia Militar dos Estados Unidos da América, em West Point, Nova Iorque, a 27 de Maio de 2023. O fotógrafo Eduardo Munoz estava a cobrir a cerimónia quando viu, por entre os muitos cadetes, um que sangrava da cabeça. "Quando todos os chapéus tocaram o chão, o meu olhar fugiu do visor da câmara e viu, ao longe, mas não demasiado, um dos cadetes com sangue na cara." REUTERS/Eduardo Munoz
Os corpos de 111 palestinianos mortos durante os bombardeamentos isralitas são enterrados numa vala comum, sem identificação e sem direito a uma cerimónia fúnebre, depois de terem sido transportados do Hospital de Al Shifa, na cidade de Gaza para Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, a 22 de Novembro de 2023.
Os corpos de 111 palestinianos mortos durante os bombardeamentos isralitas são enterrados numa vala comum, sem identificação e sem direito a uma cerimónia fúnebre, depois de terem sido transportados do Hospital de Al Shifa, na cidade de Gaza para Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, a 22 de Novembro de 2023. REUTERS/Mohammed Salem
Cidadãos atravessam uma estrada para assistirem a um jogo de baseball durante o período de 27 dias em que as temperaturas atingiram os 43ºC, na baixa de Phoenix, Arisona, EUA, 26 de Julho de 2023. No dia 26, pelas 12:24, uma câmara termosensível registou temperaturas em superfícies que tocavam os 65ºC; a temperatura do ar chegou aos 33ºC. "Fotografar as condições meteorológicas pode ser uma tarefa desafiante, não apenas porque pode ser fisicamente difícil, mas também poque pode ser complicado de ilustrar algo como o calor, que é totalmente invisível", observa o fotógrafo Carlos Barria
Cidadãos atravessam uma estrada para assistirem a um jogo de baseball durante o período de 27 dias em que as temperaturas atingiram os 43ºC, na baixa de Phoenix, Arisona, EUA, 26 de Julho de 2023. No dia 26, pelas 12:24, uma câmara termosensível registou temperaturas em superfícies que tocavam os 65ºC; a temperatura do ar chegou aos 33ºC. "Fotografar as condições meteorológicas pode ser uma tarefa desafiante, não apenas porque pode ser fisicamente difícil, mas também poque pode ser complicado de ilustrar algo como o calor, que é totalmente invisível", observa o fotógrafo Carlos Barria REUTERS/Carlos Barria
Ex-presidente Donald Trump apresenta-se no tribunal para ser julgado por vários casos, em Nova Iorque, EUA, 4 de Abril de 2023. Por ser o primeiro ex-presidente a sentar-se no banco dos réus, quando Donald Trump chegou para a audiência no tribunal, em Manhattan, em Abril, gerou grande interesse mediático. Apenas foi permitida a entrada a um pequeno número de fotógrafos por um período de poucos minutos. Quando isso acontece, os ilustradores, como Jane Rosenberg, subtituem os fotógrafos. "Após várias noites sem dormir e uma troca de e-mails para segurar um ilustrador na sala, eu cheguei ao tribunal antes do sol nascer", contou Jane.
Ex-presidente Donald Trump apresenta-se no tribunal para ser julgado por vários casos, em Nova Iorque, EUA, 4 de Abril de 2023. Por ser o primeiro ex-presidente a sentar-se no banco dos réus, quando Donald Trump chegou para a audiência no tribunal, em Manhattan, em Abril, gerou grande interesse mediático. Apenas foi permitida a entrada a um pequeno número de fotógrafos por um período de poucos minutos. Quando isso acontece, os ilustradores, como Jane Rosenberg, subtituem os fotógrafos. "Após várias noites sem dormir e uma troca de e-mails para segurar um ilustrador na sala, eu cheguei ao tribunal antes do sol nascer", contou Jane. REUTERS/Jane Rosenberg
Paulo Ricardo Siqueira Santos, 65 anos, descansa no interior do seu carro enquanto guarda os seus pertences, junto à sua casa danificada pelo ciclone que atingiu algumas cidades do sul do Brasil, em Lajeado, Rio Grande do Sul, a 7 de Setembro de 2023. No bairro onde Santos reside, existe um risco omnipresente de crime e roubo, contou o fotógrafo Diego Vara. Após recuperar o que era possível, Santos "escolheu passar a noite no carro, estacionado em frente à sua casa, junto aos destroços, num acto de descanso e vigília", contou Vara.
Paulo Ricardo Siqueira Santos, 65 anos, descansa no interior do seu carro enquanto guarda os seus pertences, junto à sua casa danificada pelo ciclone que atingiu algumas cidades do sul do Brasil, em Lajeado, Rio Grande do Sul, a 7 de Setembro de 2023. No bairro onde Santos reside, existe um risco omnipresente de crime e roubo, contou o fotógrafo Diego Vara. Após recuperar o que era possível, Santos "escolheu passar a noite no carro, estacionado em frente à sua casa, junto aos destroços, num acto de descanso e vigília", contou Vara. REUTERS/Diego Vara
Lady Gaga reage à queda de um fotógrafo na carpete cor de champanhe, durante a chegada à cerminónia dos Óscares, em Hollywood, Los Angeles Califórnia, EUA, a 12 de Março de 2023. "O ritmo, à entrada, é frenético", recorda o fotógrafo Mario Anzouni. "Estás rodeado de estrelas do mundo do entretenimento e só alguns fotógrafos são convidados pela Academia para estar presente, o que significa que tens de ser rápido e selectivo durante três horas, porque os momentos importantes estão constantemente a acontecer." A apenas um metro e meio de distância de Lady Gaga, Anzouni captou o momento em que ela assiste à queda de um fotógrafo. A artista rapidamente se prontificou a ajudar o fotógrafo e Anzouni só se apercebeu no final da noite que tinha registado um momento que se tornou o mais viral daquela noite.
Lady Gaga reage à queda de um fotógrafo na carpete cor de champanhe, durante a chegada à cerminónia dos Óscares, em Hollywood, Los Angeles Califórnia, EUA, a 12 de Março de 2023. "O ritmo, à entrada, é frenético", recorda o fotógrafo Mario Anzouni. "Estás rodeado de estrelas do mundo do entretenimento e só alguns fotógrafos são convidados pela Academia para estar presente, o que significa que tens de ser rápido e selectivo durante três horas, porque os momentos importantes estão constantemente a acontecer." A apenas um metro e meio de distância de Lady Gaga, Anzouni captou o momento em que ela assiste à queda de um fotógrafo. A artista rapidamente se prontificou a ajudar o fotógrafo e Anzouni só se apercebeu no final da noite que tinha registado um momento que se tornou o mais viral daquela noite. REUTERS/Mario Anzuoni
Uma lua cheia, conhecida por Lua Azul, surge por detrás do templo de Poseidon, perto de Atenas, na Grécia, no dia 30 de Agosto de 2023. "Antes de tirar esta fotografia, passou algum tempo a escolher o melhor local tendo em conta o ângulo de subida da luz", explica o fotógrafo Stelios Misinas. A convergência da lua cheia e do templo, que data do século V antes de Cristo, apresentava-se como uma rara e cativante oportunidade, explica. "Esta imagem reforça o poder da fotografia para transcender o tempo e capta a beleza intemporal da natureza e da proeza humana."
Uma lua cheia, conhecida por Lua Azul, surge por detrás do templo de Poseidon, perto de Atenas, na Grécia, no dia 30 de Agosto de 2023. "Antes de tirar esta fotografia, passou algum tempo a escolher o melhor local tendo em conta o ângulo de subida da luz", explica o fotógrafo Stelios Misinas. A convergência da lua cheia e do templo, que data do século V antes de Cristo, apresentava-se como uma rara e cativante oportunidade, explica. "Esta imagem reforça o poder da fotografia para transcender o tempo e capta a beleza intemporal da natureza e da proeza humana." REUTERS/Stelios Misinas
Angela Stevenson, 39 anos, uma bióloga marinha da GEOMAR, recolhe amostras em Laboe, Alemanha, a 10 de Julho de 2023. A fotógrafa Lisi Niesner passou um ano a preparar-se para esta sessão fotográfica subaquática no mar Báltico. Os fatos, as máscaras e os snorkels, uma equipa de investigadores e Nieser foram, numa pequena embarcação, numa manhã de Julho, para a Costa de Laboe, no norte da Alemanha. O Mar Báltico costuma estar verde e turvo, mas neste dia estava relativamente claro, o que permitiu a Laboe fotografar esta imagem.
Angela Stevenson, 39 anos, uma bióloga marinha da GEOMAR, recolhe amostras em Laboe, Alemanha, a 10 de Julho de 2023. A fotógrafa Lisi Niesner passou um ano a preparar-se para esta sessão fotográfica subaquática no mar Báltico. Os fatos, as máscaras e os snorkels, uma equipa de investigadores e Nieser foram, numa pequena embarcação, numa manhã de Julho, para a Costa de Laboe, no norte da Alemanha. O Mar Báltico costuma estar verde e turvo, mas neste dia estava relativamente claro, o que permitiu a Laboe fotografar esta imagem. REUTERS/Lisi Niesner

Migrantes junto a um muro fronteiriço durante uma tempestade de areia após terem atravessado a fronteira entre os EUA e o México. Os migrantes entregam-se às autoridades norte-amricanas na altura em que o país levanta as restrições à imigração que foram postas em vigor em resposta à pandemia de covid-19. El Paso, Texas, EUA, 10 de Maio de 2023. O fotógrafo Jose Luis Gonzalez passou grande parte do ano de 2023 a documentar as migrações de quem procurava, desesperadamente, uma vida melhor junto à fronteira. Os migrantes que Gonzalez conheceu deixavam, tipicamente, tudo para trás. Muitos viajaram durante meses sem uma ideia clara do que os esperava. "É uma ocorrência diária na fronteira e não páro de me surpreender com as suas histórias", conta o fotógrafo.
Migrantes junto a um muro fronteiriço durante uma tempestade de areia após terem atravessado a fronteira entre os EUA e o México. Os migrantes entregam-se às autoridades norte-amricanas na altura em que o país levanta as restrições à imigração que foram postas em vigor em resposta à pandemia de covid-19. El Paso, Texas, EUA, 10 de Maio de 2023. O fotógrafo Jose Luis Gonzalez passou grande parte do ano de 2023 a documentar as migrações de quem procurava, desesperadamente, uma vida melhor junto à fronteira. Os migrantes que Gonzalez conheceu deixavam, tipicamente, tudo para trás. Muitos viajaram durante meses sem uma ideia clara do que os esperava. "É uma ocorrência diária na fronteira e não páro de me surpreender com as suas histórias", conta o fotógrafo. REUTERS/Jose Luis Gonzalez
A jogadora sérvia Olga Danilovic sofre uma lesão no tornozelo durante jogo contra a tunisina Ons Jabeur no Open francês em Roland Garros, em Paris, França, em Junho de 2023. "Eu soltei uma exclamação, como toda a gente que assistia, quando ela deixou cair a sua raquete, com as pernas deformadas, colapsando no chão, cheia de dor", disse Clodagh Kilcoyne, a fotógrafa. Uma fisioterapeura ligou o tornozelo da atleta e ela regressou ao jogo. Jabeur acabou por ganhar o jogo.
A jogadora sérvia Olga Danilovic sofre uma lesão no tornozelo durante jogo contra a tunisina Ons Jabeur no Open francês em Roland Garros, em Paris, França, em Junho de 2023. "Eu soltei uma exclamação, como toda a gente que assistia, quando ela deixou cair a sua raquete, com as pernas deformadas, colapsando no chão, cheia de dor", disse Clodagh Kilcoyne, a fotógrafa. Uma fisioterapeura ligou o tornozelo da atleta e ela regressou ao jogo. Jabeur acabou por ganhar o jogo. REUTERS/Clodagh Kilcoyne
Homens jogam basquetebol descanços num campo de jogos junto à linha de ferro em Pandacan, Manila, Filipinas, a 6 de Julho de 2023. A fotografia de Eloisa Lopeza de quatro homens jovens a lutar pela bola parece uma pintura renascentista. "Eu reconheci quão profunda e intricadamente o desporto está presente na vida dos filipinos. Está tatuado nos seus corpos, está presente nos seus altares, e muitos dão nomes aos filhos em homenagem aos jogadores. É uma fonte de esperança e alegria para muitos, tanto velhos como novos", conta Lopez. "Muitas vezes, enquanto fotógrafos, deixamos de fora coisas que estão a acontecer nos nossos quintais, assumindo que o que está a acontecer é mundano. Após a minha experiência com esta história, fui forçada a repensar e olhar de novo."
Homens jogam basquetebol descanços num campo de jogos junto à linha de ferro em Pandacan, Manila, Filipinas, a 6 de Julho de 2023. A fotografia de Eloisa Lopeza de quatro homens jovens a lutar pela bola parece uma pintura renascentista. "Eu reconheci quão profunda e intricadamente o desporto está presente na vida dos filipinos. Está tatuado nos seus corpos, está presente nos seus altares, e muitos dão nomes aos filhos em homenagem aos jogadores. É uma fonte de esperança e alegria para muitos, tanto velhos como novos", conta Lopez. "Muitas vezes, enquanto fotógrafos, deixamos de fora coisas que estão a acontecer nos nossos quintais, assumindo que o que está a acontecer é mundano. Após a minha experiência com esta história, fui forçada a repensar e olhar de novo." REUTERS/Eloisa Lopez
Migrantes da Guatemala atravessam Rio Bravo com a intenção de se entregarem à guarda fronteiriça dos EUA para requerer asilo, em El Paso, Texas, EUA, a 22 de Setembro de 2023. O fotógrafo Jose Luis Gonzalez passou grande parte do ano a documentar a vida de migrantes.
Migrantes da Guatemala atravessam Rio Bravo com a intenção de se entregarem à guarda fronteiriça dos EUA para requerer asilo, em El Paso, Texas, EUA, a 22 de Setembro de 2023. O fotógrafo Jose Luis Gonzalez passou grande parte do ano a documentar a vida de migrantes. REUTERS/Jose Luis Gonzalez
Um grande dreno de água (conhecido por Ladybower Reservoir) é visto após chuva torrencial da tempestade Babet, em Castleton, Inglaterra, Outubro de 2023. "A tempestade Babet fustigou o Reino Unido e a Irlanda durante dois dias, formando um grande caudal de água no norte de Inglaterra", conta o fotógrafo Carl Recine. "Eu estava atento às redes sociais no que dizia respeito às águas do reservatório Ladybower há alguns anos. Só há inundações cerca de duas vezes por ano e só durante algumas horas, quando o nível das águas está no seu pico. Decidi arriscar e visitar." Recine chegou ao reservatório ao final do dia e ficou satisfeito com as primeiras imagens que recolheu. Quando se preparava para abandonar, notou a formação de um arco-íris. "Em 30 segundos consegui posicionar-me para captar o fenómeno, antes que desaparecesse."
Um grande dreno de água (conhecido por Ladybower Reservoir) é visto após chuva torrencial da tempestade Babet, em Castleton, Inglaterra, Outubro de 2023. "A tempestade Babet fustigou o Reino Unido e a Irlanda durante dois dias, formando um grande caudal de água no norte de Inglaterra", conta o fotógrafo Carl Recine. "Eu estava atento às redes sociais no que dizia respeito às águas do reservatório Ladybower há alguns anos. Só há inundações cerca de duas vezes por ano e só durante algumas horas, quando o nível das águas está no seu pico. Decidi arriscar e visitar." Recine chegou ao reservatório ao final do dia e ficou satisfeito com as primeiras imagens que recolheu. Quando se preparava para abandonar, notou a formação de um arco-íris. "Em 30 segundos consegui posicionar-me para captar o fenómeno, antes que desaparecesse." REUTERS/Carl Recine
Uma câmara fotográfica remota destruída que foi devolvida à Reuters no dia 22 de Maio de 2023, após ter sido exposta ao lançamento da SpaceX Starship, próximo de Brownsville, Texas, EUA. O fotógrafo Joe Skipper cobria o primeiro vôo de teste da nova geração de foguetões da SpaceX de Elon Musk. "Eu e um colega colocámos uma câmara a cerca de 140 metros do local de lançamento, numa tentativa de fotografar remotamente. Era um perigo para o equipamento, mas havia esperança na obtenção de algumas imagens antes de o fumo inundar todo o cenário", contou Skipper. O vaivém explodiu pouco tempo após a partida, cobrindo a zona de destroços.
Uma câmara fotográfica remota destruída que foi devolvida à Reuters no dia 22 de Maio de 2023, após ter sido exposta ao lançamento da SpaceX Starship, próximo de Brownsville, Texas, EUA. O fotógrafo Joe Skipper cobria o primeiro vôo de teste da nova geração de foguetões da SpaceX de Elon Musk. "Eu e um colega colocámos uma câmara a cerca de 140 metros do local de lançamento, numa tentativa de fotografar remotamente. Era um perigo para o equipamento, mas havia esperança na obtenção de algumas imagens antes de o fumo inundar todo o cenário", contou Skipper. O vaivém explodiu pouco tempo após a partida, cobrindo a zona de destroços. REUTERS/Joe Skipper
Mostafa Elsheikh senta-se junto aos destroços da sua casa, onde perdeu vários membros da sua família no seguimento das cheias que tiveram lugar em Derna, na Líbia, em Setembro de 2023. O fotógrafo Amr Alfiky trabalhava junto das equipas de salvamento dos Emirados Árabes Unidos após as chuvas torrenciais terem provocado a ruptura de várias barragens, que causaram a inundação de partes da cidade de Derna. "Ao quarto dia, ao atravessar uma estrada de terra que ia do vale até ao porto, onde muitas equipas trabalharam no sentido de recuperar cadáveres, notei que um homem estava sentado no que restava de um edifício", recorda Alfiky.
Mostafa Elsheikh senta-se junto aos destroços da sua casa, onde perdeu vários membros da sua família no seguimento das cheias que tiveram lugar em Derna, na Líbia, em Setembro de 2023. O fotógrafo Amr Alfiky trabalhava junto das equipas de salvamento dos Emirados Árabes Unidos após as chuvas torrenciais terem provocado a ruptura de várias barragens, que causaram a inundação de partes da cidade de Derna. "Ao quarto dia, ao atravessar uma estrada de terra que ia do vale até ao porto, onde muitas equipas trabalharam no sentido de recuperar cadáveres, notei que um homem estava sentado no que restava de um edifício", recorda Alfiky. REUTERS/Amr Alfiky
<b>Atenção: esta fotografia pode chocar os mais sensíveis.</b> Um homem tira uma fotografia das pessoas mortas que estavam espalhadas numa estrada, após uma infiltração em massa de atiradores do Hamas oriundos da Faixa de Gaza, na zona de Sderot, no sul de Israel, a 7 de Outubro de 2023. Após o lançamento das primeiras notícias do ataque, o fotógrafo Ammar Award dirigiu-se para Sderot, distrito não muito distante da fronteira com a Faixa de Gaza. À distância, ele viu nuvens de fumo. Descobriu um trilho de morte e destruição. Os corpos estavam espalhados pela estrada. Um carro tinha-se despistado e estava junto a uma das barreiras da estrada. Os seus ocupantes estavam mortos a tiro, algo que era visível através dos vidros do carro. Quando os militares israelitas entraram para recuperar o controlo, Sderot era uma cidade fantasma, contou Awad. As únicas pessoas presentes eram outros jornalistas, os soldados israelitas e os mortos.
Atenção: esta fotografia pode chocar os mais sensíveis. Um homem tira uma fotografia das pessoas mortas que estavam espalhadas numa estrada, após uma infiltração em massa de atiradores do Hamas oriundos da Faixa de Gaza, na zona de Sderot, no sul de Israel, a 7 de Outubro de 2023. Após o lançamento das primeiras notícias do ataque, o fotógrafo Ammar Award dirigiu-se para Sderot, distrito não muito distante da fronteira com a Faixa de Gaza. À distância, ele viu nuvens de fumo. Descobriu um trilho de morte e destruição. Os corpos estavam espalhados pela estrada. Um carro tinha-se despistado e estava junto a uma das barreiras da estrada. Os seus ocupantes estavam mortos a tiro, algo que era visível através dos vidros do carro. Quando os militares israelitas entraram para recuperar o controlo, Sderot era uma cidade fantasma, contou Awad. As únicas pessoas presentes eram outros jornalistas, os soldados israelitas e os mortos. REUTERS/Ammar Awad
<b>Atenção: esta fotografia pode chocar os mais sensíveis.</b> Abdulalim Muaini debaixo de escombros junto so cadáver da sua esposa, Esra, na sequência do terramoto que atingiu a Turquia, em Fevereiro de 2023. Na fotografia, Muaini está sob cimento e tijolo. As suas pernas estão presas, mas ele está consciente. Mais tarde, foi resgatado com vida, mas a sua esposa e as suas duas filhas não tiveram a mesma sorte. Mais de 50 mil pessoas perderam a vida neste desastre, de acordo com dados da ONU. Algumas eram amigos próximos do fotógrafo.
Atenção: esta fotografia pode chocar os mais sensíveis. Abdulalim Muaini debaixo de escombros junto so cadáver da sua esposa, Esra, na sequência do terramoto que atingiu a Turquia, em Fevereiro de 2023. Na fotografia, Muaini está sob cimento e tijolo. As suas pernas estão presas, mas ele está consciente. Mais tarde, foi resgatado com vida, mas a sua esposa e as suas duas filhas não tiveram a mesma sorte. Mais de 50 mil pessoas perderam a vida neste desastre, de acordo com dados da ONU. Algumas eram amigos próximos do fotógrafo. REUTERS/Umit Bektas