Garrafeiras com pequenos produtores, vinhos raros e conselhos à moda antiga

Seis garrafeiras que fogem a escolhas, porventura, mais óbvias, no Porto, em Lisboa e no interior. Umas com projectos independentes, outras com vinhos raros, todas com aconselhamento personalizado.

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A Comida Independente, aberta desde 2018 em Lisboa, é uma garrafeira e bar de vinhos Nuno Ferreira Santos
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Duas garrafeiras na Invicta, uma antiga, verdadeira pérola escondida na zona do Marquês e com Portos velhos a preços interessantes, outra mais moderna, gerida por um sommelier que trocou a capital pelo Porto e organiza provas técnicas sem formalidades. Em Lisboa, dois projectos cosmopolitas, ambos interessados em mostrar pequenas produções e ambos com interessantes ramificações fora do espaço das garrafeiras. E no interior do país, duas propostas de diferentes dimensões, mas ambas focadas num atendimento próximo: uma na Mêda, e outra em Viseu. Ei-las, do Norte para o Sul.

PORTO

Portos velhos e muito velhos

José Sá Silva é o corpo e a alma d'A Flor de S. Tomé, no centro do Porto, mas muitos dos tesourinhos que ali tem ainda são do tempo em que o pai, primeiro funcionário, depois patrão, geria o negócio, iniciado em 1946. Na sua garrafeira, há Portos colheita e vintage velhos e muito velhos, de 1872, 1875, 1931, 1933, 1934, 1937 — "o ano de Pinto de Costa", que já lá deve ter vários vinhos comprados ali por amigos e conhecidos, diz-nos —, 1944, 1953, 1961, 1966, 1967, 1980... Alguns a custar pouco mais de 100 euros.

Raridades que, volta e meia, José abre, para provar com clientes especiais na parte de trás da garrafeira-mercearia — é que ali o vinho é rei, mas também se vende bacalhau, queijo Serra da Estrela, bons azeites, enchidos e alguma hortaliça —, nesta altura com uma fatia de bolo-rei feito em forno de lenha da Seramota, em Mirandela, a acompanhar. "Esta semana abri um colheita de 1900 da Constantino. O nível [do vinho dentro das garrafas] baixa e depois ninguém as quer, abro-as eu."

A Flor de S. Tomé não vive só de vinho do Porto nem de raridades. José tem cerca de 1600 referências, "vinhos de todas as regiões" vitivinícolas portuguesas e garrafas de grande formato (como um garrafão de 5L de Baga de 2020 que prendeu a nossa atenção). O que não tem disponível no momento arranja "do dia para a noite", afiança. Entre vinhos que conseguimos comprar com 5 euros e referências que podem custar várias centenas de euros.

A Flor de S. Tomé, no centro do Porto, é uma garrafeira de bairro que tem clientes espalhados por toda a cidade e até no estrangeiro Paulo Pimenta
José Sá Silva, à frente d'A Flor de S. Tomé, atende de forma personalizada e chega a abrir garrafas especiais com a clientela mais fiel Paulo Pimenta
O proprietário d'A Flor de S. Tomé também prova, há vários anos, e tenta ter na garrafeira os 'grandes' lado a lado com projectos mais pequenos, privilegiando sempre a qualidade Paulo Pimenta
Dois vinhos do Porto velhos e um Baga novo em garrafão de 5L, na portuense A Flor de S. Tomé, que é garrafeira e mercearia Paulo Pimenta
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A Flor de S. Tomé, no centro do Porto, é uma garrafeira de bairro que tem clientes espalhados por toda a cidade e até no estrangeiro Paulo Pimenta

Portista, 63 anos, escola secundária feita à noite, desde os 15 anos a trabalhar com vinhos, José Sá Silva aproveita para sair da garrafeira e do Porto sempre que pode, seja para ir ao Douro conhecer quem faz os Portos que vende, seja para ir a Bordéus provar vinhos franceses. "Quem me ensinou a provar foi o Ricardo Nicolau de Almeida [irmão de Fernando, o criador do Barca Velha, que José também tem na garrafeira]. Tinha uma distribuidora e vendia cá os vinhos. Convidou-me para lá ir a uma prova. Nunca mais parei."

Gosta de ajudar quem lhe pede conselhos sobre o que comprar. "Incentivo isso. E, em 99% das vezes, acerto", brinca. AIP

Rua de Antero de Quental, 534, Porto. Horário: segunda a sexta, das 9h às 19h; sábado, até às 13h. Tel.: 919 123 319.

Provas técnicas, mas descontraídas

A garrafeira e espaço de provas Portus Wine abriu fará em Janeiro três anos. E é a cara de Sérgio Ivan Santos, que tem com a esposa, Carla Santos, uma distribuidora homónima desde 2014, sendo que a empresa familiar está cada vez mais focada no contacto com o consumidor final. É uma garrafeira descontraída e com bom gosto. A "filosofia", explica-nos, é "trabalhar com pequenos produtores". "Privilegio conhecê-los, o facto de terem vinha e adega próprias, e que respeitem ao máximo a natureza. Se forem [vinhos] naturais, melhor." Ou seja, não há cá fundamentalismos. Os vinhos têm de ser bons. "Quero vinhos autênticos, que cheirem e saibam às castas."

Produtores com alguma dimensão também os há nas prateleiras da Portus, mas sempre com "coisas mais exclusivas". De 8 a 890 euros (é quanto custa o Barca Velha de 1983, o ano seguinte ao de Sérgio), há vinhos de todo o país, mas sobretudo das "regiões que ficam a hora e meia de carro do Porto". Faz sentido. E também há raridades, de "anos que já não existirão em lado algum", como Frei João Reserva Tinto 1995 e 1996 (das Caves São João, em magnum), Porta de Cavaleiros Reserva Branco 1995 ou Munda Verdelho 2008, um branco da Quinta do Mondego que "na verdade é Gouveio", como o produtor veio a descobrir mais tarde. E também vinhos de algumas regiões clássicas europeias — só Europa, "por uma questão de ecologia".

"No entanto, não funcionamos tanto como loja, funcionamos mais pelas provas e pelo convívio", atalha o sommelier e gestor, que na pandemia voltou a tocar guitarra e quando está "inspirado" brinca os clientes também com música. "A ideia das provas é mostrar como se prova vinho, métodos de vinificação diferentes e mostrar Portugal de Norte a Sul, com as principais regiões e as principais castas. Mostramos sempre vinhos que custam entre 15 e 45 euros a garrafa e ordenamo-los na prova por intensidade."

É Sérgio quem orienta as provas técnicas, com propostas várias, de três, seis ou 12 vinhos, incluindo provas só de generosos, entre os 25 e os 100 euros por pessoa, adaptando sempre as sessões, de 1h30 a 2h, a quem tem pela frente. Há ainda a possibilidade de abrir qualquer garrafa à venda da loja, pelo seu valor e por mais 10 euros de taxa de rolha; pedir algumas iguarias para acompanhar os vinhos (entre 1,9 e 20 euros; já confeccionadas, porque na Portus não se pode cozinhar, e seleccionadas seguindo a mesma lógica dos vinhos); e organizar provas realmente "à medida".

A Portus Wine, na baixa do Porto, é um negócio de Sérgio Ivan Santos e Carla Santos; ele trata dos vinhos (e das provas), ela de toda a parte burocrática na empresa familiar Nelson Garrido
A Portus Wine trabalha com pequenos produtores, que têm vinhas e adega próprias e privilegia conhecê-los, um a um,A Portus Wine trabalha com pequenos produtores, que têm vinhas e adega próprias e privilegia conhecê-los, um a um Nelson Garrido,Nelson Garrido
Na Portus, há provas técnicas, com a possibilidade de harmonização com petiscos, escolhidos segundo a mesma filosofia que leva à selecção dos vinhos Nelson Garrido
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A Portus Wine, na baixa do Porto, é um negócio de Sérgio Ivan Santos e Carla Santos; ele trata dos vinhos (e das provas), ela de toda a parte burocrática na empresa familiar Nelson Garrido

Sérgio é alfacinha de gema, mas rumou ao Porto em 2010 por motivos profissionais e hoje diz que não trocaria a Invicta pela capital. Estudou, ainda miúdo, na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa e mais tarde, já depois de várias experiências na restauração lisboeta, na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. A última experiência que teve antes de rumar ao Norte foi como gerente do Club del Gourmet do El Corte Inglés da Beloura. Foi lá que começou a provar "gourmandises do mundo dos vinhos" e apresentar o vinho sempre com sugestão de harmonização, um hábito que mantém. AIP

Rua do Bonjardim, 377, Porto. Horário: terça a sábado, das 12h às 19h; no verão até às 20h e, este mês e até dia 24, todos os dias; provas preferencialmente por marcação. Tel.: 917 922 897.

MÊDA

Mais não quer dizer melhor

Não é a maior garrafeira de Portugal e também não é a que tem maior variedade de escolha. No entanto, na Vinho & Eventos, aberta desde 2006, encontramos um delicioso mundo de lambarices, nos vinhos e nos produtos gourmet, um espaço confortável e atendimento simpático. Uma opção para quem vem do Douro Superior ou da raia passar o Natal à cidade grande ou vai desta para o interior e ainda não comprou presentes para aquele familiar que adora vinho.

Localizada na Mêda, sede de concelho desde os tempos medievais, no distrito da Guarda, não é de estranhar que os vinhos que mais vende sejam do Douro, região vitivinícola em que se insere (se bem que na Mêda há freguesias que entram já em território da Beira Interior) e do Dão, que fica ali mesmo ao lado. As duas regiões representam um pouco mais de metade das 260 referências disponíveis.

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A Vinho & Eventos, de Armindo Janeiro, fica na Mêda Direitos Reservados

Aquilo que pode parecer uma oferta curta é bem compensado pela qualidade dos produtos. Para lá da garrafeira (vinhos e bebidas espirituosas), a Vinhos & Eventos tem uma oferta absolutamente sensacional de presuntos, enchidos, queijos, doces e compotas, alguns de fabrico próprio como as amêndoas caramelizadas com canela e os snacks de castanha. Também vende mel, chás, chocolates, bolachas, conservas, azeites e vinagres e todo o tipo de acessórios para facilitar a vida aos enófilos. Projecto mais pequeno, lança muitas vezes mão a parcerias locais; vêm daí itens não alimentícios como os sabonetes artesanais. Vinhos e gourmandises podem ser apreciados com calma numa confortável sala onde o tempo se esquece.

Armindo Janeiro, o responsável, também organiza provas e, por marcação, é possível saborear uma bela posta mirandesa ao jantar. E quem são os clientes de uma casa que fica “quase escondida” no interior de Portugal? Diz-nos o seu proprietário que vende principalmente para clientes da Guarda, Lisboa, Porto e concelhos limítrofes. E que tem um bom negócio nos cabazes de Natal, cerca de meio milhar para Portugal e quase dois mil para o mercado da saudade, mormente França e Suíça. Em breve, terá loja online. AMN

Avenida do Parque, 15, Mêda. Horário: segunda a sábado, das 9h às 19h. Tel.: 279 888 109.

VISEU

Um gigante que mora no Centro

Esta é uma das grandes garrafeiras portuguesas e está em Viseu. A Cave Lusa tem cerca de 6.000 referências, entre vinhos e bebidas espirituosas — os primeiros valem um pouco mais de 70% da existência.

Rui Parente, dono e administrador da loja inaugurada há 12 anos, também é proprietário da Quinta Dona Sancha (nome que remonta ao início da nacionalidade), em Silgueiros, a pouco mais de uma dezena de quilómetros de Viseu, onde, em 47 hectares, o enólogo Paulo Nunes e a sua equipa produzem bons vinhos com ADN vincadamente Dão.

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A Cave Lusa, de Rui Parente, que também é dono da Quinta Dona Sancha (Dão), é uma das grandes garrafeiras portuguesas e fica em Viseu; tem cerca de 6.000 referências Direitos Reservados

O negócio faz-se por três canais distintos, divididos em dois ramos, Cave Lusa Premium e Cave Lusa: a venda em loja e a loja online integram o primeiro e a distribuição, focada no canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés) integra segundo.

Também a Cave Lusa tem na exportação para os clientes do “mercado da saudade” uma fatia importante do seu negócio, sobretudo para França e Suíça, onde os nossos emigrantes gostam de vinhos do Dão, diz-nos Rui Parente. Para além de os comprarem lá fora, também os procuram na loja quando regressam a Portugal de férias, normalmente em Agosto.

Sob o chapéu Cave Lusa Premium, Rui também organiza provas de vinho comentadas e visitas vínicas a produtores.

O Douro e o Alentejo, por esta ordem, lideram as estatísticas de vendas mas o segundo tem vindo a cair, sobretudo no canal Horeca, enquanto outras regiões, como o Dão, os Vinhos Verdes e a Bairrada, estão em tendência positiva. O resto das vendas reparte-se um pouco pelas restantes regiões.

Em relação aos espirituosos, as aguardentes portuguesas de qualidade estão a recuperar notoriedade e também o bom whisky voltou a ser mais desejado, depois de na década passada ter cedido terreno ao gin. AMN

Sítio da Manhosa, Pavilhão 2/3 Ranhados, 3500-631 Viseu. Horário: segunda a sexta-feira, das 9h às 12h30 e das 14h às 19h, e sábado, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 18h30. Tel.: 232 471 535.

LISBOA

Uma loja independente

“Grandes produtos, pequenos produtores.” O lema da Comida Independente, numa rua escondida de Santos, em Lisboa, resume a filosofia da loja que Rita Santos abriu em 2018. Quando inaugurou o espaço, na altura com “uma garrafeira simpática, mas nada do que é hoje”, percorreu o país para conhecer produtores em busca do que melhor se fazia por cá. Entretanto, o vinho ganhou espaço e “hoje em dia, podemos falar da Comida Independente como uma garrafeira e bar de vinhos”, conta Rita.

“Grandes produtos, pequenos produtores.” É este o lema da Comida Independente, que já é muito mais do que uma loja Nuno Ferreira Santos
Por entre as prateleiras onde tem perto de 350 referências escolhidas a dedo, 70% nacionais, tem mais vida a dimensão de bar da Comida Independente Nuno Ferreira Santos
A Comida Independente também promove provas de vinhos com presença dos produtores, que Rita Santos, a responsável, faz questão de conhecer Nuno Ferreira Santos
Na Comida Independente, há uma regra para quem quiser comprar daqueles "vinhos especulados no mercado": se os quiser comprar, tem de levar outras duas de produtores menos conhecidos Nuno Ferreira Santos
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“Grandes produtos, pequenos produtores.” É este o lema da Comida Independente, que já é muito mais do que uma loja Nuno Ferreira Santos

Nas prateleiras há perto de 350 referências de vinhos escolhidos a dedo, 70% nacionais, de todo o país, e alguns estrangeiros, como os vinhos italianos, da Geórgia, ou os espanhóis, de regiões como Tenerife ou das Rías Baixas, estes últimos, pela proximidade com Portugal, os mais “difíceis de vender”. “As garrafeiras fazem o exercício de ter uma grande oferta, para chegarem ao maior número de pessoas. Nós optámos por uma estratégia mais dirigida, com os vinhos em que acreditávamos.”

Alguns deles, como o Safado, de Emanuel Frutuoso, da zona de Lisboa, ainda não tinham nome quando começaram a ser provados na Comida Independente. “Foram tudo bebés que vimos nascer”, orgulha-se Rita.

Na garrafeira, há uma regra para os “vinhos especulados no mercado”, que costumam esgotar ou ser revendidos a “preços exorbitantes”: “[Os clientes] só podem levar essas garrafas se comprarem outras duas, para dar oportunidade a outros [produtores] que ainda não são famosos.”

Todos os sábados, organizam um mercado de rua com produtores locais na travessa ao lado da loja, uma tradição que começou durante a pandemia. As provas de vinhos são uma constante, acompanhadas por tábuas de queijos ou pela afamada sandes de pastrami, ex-libris da casa. Os mais entusiastas do vinho podem inscrever-se no Alcateia, um wine club e, por valores entre os 35 e os 120 euros por mês, recebem em casa vinhos de produtores menos conhecidos. CS

Rua Cais do Tojo, 28, Lisboa. Horário: de terça a sexta, das 16h às 23; sábado, das 12h às 23h e domingo, das 12h às 19h. Tel: 213 951 762.

A ovelha negra das garrafeiras

Em 2019, quando Brian Patterson abriu a Black Sheep, no Príncipe Real, em Lisboa, a ideia era ter um pequeno wine bar para pouco mais de dez pessoas e uma garrafeira só com vinhos portugueses, naturais, orgânicos e biodinâmicos.

Com os confinamentos, o espaço passou apenas a funcionar como garrafeira, até que o norte-americano decidiu vendê-lo e dedicar-se à distribuição de vinhos no Algarve.

Bruna Ventura Aguiar, que já trabalhava na Black Sheep, e o marido, Lucas Ferreira, ficaram com a loja e mantiveram o nome. A filosofia manteve-se, mas a selecção de vinhos da casa foi alargada e o wine bar ganhou outra vida. “Quisemos diversificar e trazer um pouco da nossa experiência, mais cosmopolita, para dentro do espaço”, explica Bruna, formada em teatro.

Antes de Lisboa, o casal brasileiro vivia em Londres e trabalhava com o comerciante de vinhos Berry Bros & Rudd. “Viemos para cá com a intenção de morar num país que fosse produtor de vinho e de nos especializarmos em vinhos portugueses”, continua Bruna.

Hoje têm perto de 250 rótulos, com “grande rotatividade”, entre referências nacionais e estrangeiras. Uma das maiores selecções é de vinhos da região de Champagne, onde Bruna vai todos os anos. “Desde o começo tínhamos o sonho de ter bastante champanhe de produtores pequenos”, conta. “Não das grandes casas, mas dos agricultores que plantam as suas uvas e vinificam, que fazem todas as etapas do processo.”

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A Black Sheep, em Lisboa, mudou de mãos, e é agora gerida por Bruna Ventura Aguiar, que já lá trabalhava, e o marido, Lucas Ferreira Nuno Ferreira Santos
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Em Julho, a Black Sheep ganhou mais espaço: expandiu-se para a antiga Cerveteca, na porta ao lado Nuno Ferreira Santos

Na loja organizam provas e já tiveram uma “soirée de champanhe”, com a presença de três pequenos produtores franceses. Em Portugal, são apaixonados pelo Dão e pela Bairrada e por contar histórias de vinhos e produtores. “É o que eu gosto de fazer, mais do que de beber vinho”, ri-se Bruna.

Em Julho, a Black Sheep expandiu-se para o espaço da antiga Cerveteca, na porta ao lado, o primeiro bar de cerveja artesanal da cidade. Agora, têm cerca de 45 lugares, para quem quiser provar o vinho ali mesmo. Quem levar para casa, tem um desconto de entre 10% e 20%. CS

Praça das Flores, 62, Lisboa. Horário: Terça a quinta e domingo, das 18h às 00h; sexta e sábado, das 18h à 01h. Tel: 938 946 752.

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