PJ desmantela grupo que roubou três milhões de euros em bitcoins

O grupo, com idades compreendidas entre os 37 e os 52 anos, terá sequestrado dez pessoas para roubar dezenas de bitcoin.

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A investigação contou com a colaboração da EUROPOL e do Departamento de Investigação Criminal de Guarda DANIEL ROCHA
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A Polícia Judiciária (PJ) deteve hoje seis homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 37 e os 52 anos, suspeitos de crimes de roubo agravado e sequestro no distrito de Castelo Branco. Segundo a PJ, em 2020 o grupo criminoso sequestrou cinco cidadãos, obrigando-os a transferir dezenas de bitcoins, numa altura em que esta quantia tinha um valor de mercado que rondava os três milhões de euros. Em 2021, tentaram repetir o acto sem sucesso.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a PJ esclarece que as detenções realizadas através da directoria do Centro foram efectuadas no âmbito da operação "Miragem" e no cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo DIAP de Castelo Branco.

A PJ precisa no comunicado que na investigação em curso foi apurado que em Setembro de 2020 e Novembro de 2021, "este grupo criminoso, com diferentes configurações, recorrendo a acções do tipo paramilitar, planeou cuidadosamente e levou cabo dois roubos na zona de Castelo Branco e Idanha-a-Nova, visando a apropriação de bitcoins, na posse de cidadãos estrangeiros residentes em Portugal".

No primeiro ataque, a PJ explica que "os autores sequestraram cinco cidadãos que se encontravam a residir numa propriedade rural, obrigando um deles, sob ameaça de armas de fogo, a transferir dezenas de bitcoins". No "segundo ataque" no qual "sequestraram cinco pessoas não lograram concretizar a transferência, conforme planearam", revela a PJ.

A mesma fonte indica ainda que nas buscas realizadas nas zonas de Lisboa, Loulé, Portimão, Monsanto e Penamacor foram apreendidos, "entre outros elementos probatórios, equipamentos informáticos que se suspeita tenham sido utilizados para transaccionar os bitcoins roubados".

A PJ assinala que a investigação contou com a colaboração da EUROPOL e do Departamento de Investigação Criminal de Guarda, participando também na operação desencadeada elementos de outras unidades da Polícia Judiciária, nomeadamente da Unidade Nacional Contraterrorismo, da Directoria do Sul e do Departamento de Investigação Criminal de Portimão.

Os detidos de nacionalidade estrangeira vão ser presentes às autoridades judiciárias para primeiro interrogatório para aplicação das medidas de coação.

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