Se for Governo e “se for possível”, PSD decidirá sobre o aeroporto “no primeiro dia”

Montenegro anunciou a criação de um grupo de trabalho para ajudar a “tomar a decisão final” — o que levou a críticas do BE: “Andam a brincar com coisas sérias”, disse o deputado Pedro Filipe Soares.

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Luís Montenegro, líder do PSD LUSA/TIAGO PETINGA
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O líder do PSD, Luís Montenegro, promete que, se for primeiro-ministro a partir de Março, “uma das primeiras decisões a tomar será escolher a localização do novo aeroporto”. Se possível, aliás, fá-lo-á no “primeiro dia”, disse, anunciando ainda que criará um grupo de trabalho no partido para poder “consensualizar um caminho” para ajudar a “tomar a decisão final”.

Montenegro falou aos jornalistas ainda antes de a comissão independente anunciar a solução Portela+Alcochete como a preferida. Nas reacções a este anúncio, Pedro Filipe Soares, líder da bancada do BE, criticou o grupo de trabalho anunciado pelo PSD e a actuação do primeiro-ministro — que andou “tantos anos” para chegar “à conclusão mais óbvia”. “Andam a brincar com coisas sérias”, considerou, para terminar a apontar o dedo ao “bloco central”.

À direita, tanto o Chega como a IL consideram que a decisão sobre onde localizar o novo aeroporto deve ser tomada pelo próximo Governo — e pedem que nela sejam incluídos. André Ventura, citado pela Lusa, observou que “quem esperou 50 anos pode esperar três meses” e defendeu que "os quatro maiores partidos devem estar de acordo sobre a localização do aeroporto".

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Rui Rocha apontou que "dificilmente seria possível tomar uma decisão com o Governo actual" e afirmou que a "decisão política deve ser partilhada e participada", não fazendo sentido ser tomada "no gabinete por um único partido sem ouvir os representantes das forças políticas".

Por sua vez, o PCP considera que “é tempo de avançar na construção da solução encontrada”, uma vez que "o país já perdeu tempo demais”. Idealmente, a localização do novo aeroporto permitirá assegurar o "desenvolvimento do país", da "TAP" e o "interesse nacional", disse Paula Santos, comunista líder da bancada parlamentar.

Por fim, Rui Tavares, do Livre, considerou que a comissão deu razão ao partido — por eliminar o Montijo e pela metodologia adoptada na execução do estudo — e Inês Sousa Real, do PAN, disse que a comissão descurou "protecção dos valores naturais". com Maria Lopes

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