Euro 2024: Turquia e Rep. Checa no caminho de Portugal

Selecção portuguesa inicia Euro 2024 a 18 de Junho em Leipzig, frente aos checos. O terceiro adversário sairá de um play-off que só se realiza em Março.

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Buffon ao lado da taça que a Itália conquistou em 2021 EPA/FILIP SINGER
Roberto Martinez e Cristiano Ronaldo, o treinador e o goleador
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Roberto Martinez e Cristiano Ronaldo, o treinador e o goleador LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO
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Nem sempre é assim, mas ser cabeça-de-série é meio caminho andado para beneficiar de um sorteio favorável. Foi o que aconteceu a Portugal neste sábado, em Hamburgo, no sorteio da fase final do Euro 2024, organizado pela Alemanha. A selecção portuguesa foi a última a sair do Pote 1 e foi agrupada com dois “velhos” conhecidos – Turquia e República Checa – e uma incógnita – um dos sobreviventes do play-off de Março do ano que vem. Podia ter tido um grande azar e ter ficado no mesmo grupo de selecções como os Países Baixos ou a Itália, actual campeã europeia, mas a “oranje” e os “azzurri” serão, respectivamente, problemas para França e Espanha.

A selecção orientada por Roberto Martínez vai entrar em competição a 18 de Junho, em Leipzig, frente aos checos - será a terceira vez que Portugal defronta a República Checa em fases finais de um Europeu, depois da derrota nos quartos-de-final do Euro 96 (1-0) e do triunfo, por 3-1, na fase de grupos do Euro 2008. O segundo jogo será em Dortmund, a 22 de Junho, frente aos turcos, e será a quarta vez que as duas selecções se encontram em contexto de Europeu - Portugal ganhou por 1-0 na fase de grupos do Euro 96, por 2-0 nos quartos-de-final do Euro 2000, e novamente por 2-0 na fase de grupos do Euro 2008.

O terceiro jogo está agendado para 26 de Junho, em Gelsenkirchen, com um adversário que sairá do play-off C. Será aquele que sair vivo do confronto entre os vencedores de Geórgia-Luxemburgo e Grécia-Cazaquistão. Se forem os gregos será um reencontro, depois da dupla derrota do Euro 2004 – no jogo de abertura e na final. Qualquer uma das outras selecções fará a sua estreia na competição.

Pelos adversários já conhecidos e por qualquer um dos outros quatro possíveis, este Grupo F dificilmente será qualificado de “grupo da morte”, até porque podem passar três aos oitavos-de-final – qualificam-se os dois primeiros de cada um dos oito grupos, mais os quatro melhores terceiros. Aliás, no Euro 2016 de todas as alegrias para Portugal, a selecção nacional passou como um dos melhores terceiros e só parou depois de ficar com a taça no Stade de France.

Após o sorteio, Roberto Martínez, que estará no seu segundo Europeu (treinou a Bélgica em 2021), mostrou-se satisfeito com o resultado do sorteio. "Para nós e para o adepto português é um sorteio positivo, por jogarmos em Leipzig, Dortmund e Gelsenkirchen, para os adeptos portugueses que vivem perto, vai criar-se um bom ambiente. E por estarmos no Grupo F, temos mais tempo de preparar o primeiro jogo e isso é importante", analisou o técnico espanhol, falando depois dos adversários já conhecidos: "A Rep. Checa conheço bem, tem capacidade para jogar olho no olho, joga com muita objectividade, mas é uma incógnita por não ter treinador. A Turquia é uma boa mistura de talento individual e experiência, o que faz com que seja muito competitiva."

Se algum grupo que pode ser considerado “da morte”, esse será o B, que junta Espanha, Itália, Croácia e Albânia. A realização da cerimónia focou o rosto de Luciano Spaletti no momento em que os “azzurri” foram agrupados com espanhóis e croatas – era Gigi Buffon que tinha a tarefa de tirar as bolas do pote – e o italiano não parecia nada satisfeito. Ainda menos agradado terá ficado Sylvinho, seleccionador dos regressados albaneses, depois de saber que iria ficar no mesmo grupo do actual campeão, de um antigo tricampeão e do terceiro classificado do último Mundial.

Não haverá outro grupo com esta concentração de favoritos, mas há outros emparelhamentos bem interessantes, como o Grupo D, que tem Países Baixos, Áustria e França, mais um dos repescados do play-off (Polónia, Estónia, Gales ou Finlândia). E no Grupo E, onde a Bélgica é a favorita, parece haver equilíbrio entre as restantes selecções – Eslováquia, Roménia e quem quer que saia do play-off, que pode ser Bósnia, Ucrânia, Israel ou Islândia.

Quanto à Alemanha, que se não fosse o organizador não seria cabeça-de-série, está num “grupo de vida” no “seu Europeu. A “Mannschaft”, agora liderada por Julian Nagelsmann, estará no jogo de abertura, em Munique, a 14 de Junho, com a Escócia, tendo ainda Hungria e Suíça como adversários.

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