Activistas climáticos vendam estátuas de Lisboa, em protesto contra “inacção do Governo”

Grupo de activistas dizem que, à semelhança das estátuas, também os líderes estão “de olhos tapados, vendados pelos lobistas e interesses privados de grandes empresas poluentes”.

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Uma das estátuas que foi vendada pelo grupo de activistas climáticos SCIENTIST REBELLION PORTUGAL
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O Scientist Rebellion Portugal deixou um apelo à participação na "manifestação de resistência climática que irá decorrer no dia 9 de Dezembro, às 14h, em Lisboa" SCIENTIST REBELLION PORTUGAL
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Um grupo de activistas climáticos do Scientist Rebellion colocou, nesta sexta-feira, vendas em várias estátuas e monumentos da cidade de Lisboa, em protesto contra o que consideram ser uma “falha de liderança por parte dos governantes na luta contra a catástrofe climática”.

“Tal como as várias estátuas e bustos espalhados pela cidade, também os nossos líderes estão de olhos tapados, vendados pelos lobistas e interesses privados de grandes empresas poluentes — sejam elas do sector fóssil ou responsáveis pela mineração do lítio e de outros recursos naturais”, refere Teresa Santos, que é bióloga e que participou no protesto e que é citada no comunicado do grupo.

“Quanto mais fracasso climático até tirarmos as vendas?”, lê-se num dos cartazes que foram colocados junto às estátuas. O grupo diz que este protesto está inserido num campanha mundial com várias acções a decorrer em outros países por todo o mundo.

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“A Scientist Rebellion Portugal defende que a inacção e a falta de soluções dos nossos líderes políticos levaram a que o controlo de importantes órgãos, como a Conferência das Partes da ONU para as Alterações Climáticas, tenha caído nas mãos de interesses privados e de empresas de combustíveis fósseis”, referem os activistas, que dizem que esta campanha tem por âmbito realçar que nenhum país está a agir de acordo com as metas traçadas no Acordo de Paris.

O colectivo exige, entre outras coisas, que a electricidade seja 100% gerada por fontes de energia renovável até 2025, o “fim da economia fóssil e a descarbonização completa da economia” até 2030, o término imediato de quaisquer subsídios a empresas do sector fóssil e a proibição imediata de voos em jactos privados. O Scientist Rebellion Portugal deixa ainda um apelo à participação na “manifestação de resistência climática que irá decorrer no dia 9 de Dezembro, às 14h, em Lisboa”.