Doença misteriosa infecta cães nos Estados Unidos
Já foram afectados cães em pelo menos 14 estados norte-americanos, mas ainda não há nenhuma pista sobre a origem desta doença respiratória misteriosa.
Uma doença respiratória misteriosa atacou cães em pelo menos 14 estados norte-americanos, segundo a Associação Americana de Medicina Veterinária, que tem pedido aos veterinários para notificar os casos detectados – enquanto os laboratórios aceleram para descobrir o agente patogénico.
Os investigadores estão ainda a tentar determinar se a doença nos cães, que pode ser fatal, é viral ou bacteriana, e se esta pode ser uma variante de uma doença canina conhecida como “tosse canina”.
Os sintomas incluem tosse que pode durar quatro a seis semanas e que poderá ser uma bronquite leve ou escalar até pneumonia. Alguns casos graves têm desenvolvido rapidamente pneumonia no período de 24 a 36 horas, referiu Associação Americana de Medicina Veterinária.
Até ao momento, não há indicações de que a doença possa ser transmitida para humanos, mas os veterinários recomendam que os donos de cães tomem precauções acrescidas nesta época festiva, quando os animais viajarem com familiares ou forem colocados em canis.
Apesar de existirem notificações destes casos há vários meses, a Associação Americana de Medicina Veterinária tomou agora medidas de prevenção com avisos à população devido às épocas festivas. No estado do Oregon já foram registados cerca de 200 casos, sendo que não há dados conhecidos para os casos nos estados da Califórnia, Colorado, Florida, Geórgia, Idaho, Ilinóis, Indiana, Maryland, Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island, Vermont e Washington.
À procura da causa da doença em cães
O Departamento de Agricultura do Oregon está a trabalhar com laboratórios de diagnóstico regionais e nacionais para identificar a causa destas infecções respiratórias. A Universidade Estadual do Colorado já associou a doença à causa de pneumonias graves e algumas mortes, referiu esta quarta-feira a Associação Americana de Medicina Veterinária.
Rena Carlson, veterinária e presidente daquela associação, afirmou que ainda há muito desconhecimento sobre este surto que foi referenciado simplesmente como uma doença atípica. “Não sabemos se pode ‘saltar’ para outras espécies, sejam humanos ou gatos. Estamos a observar a sua evolução atentamente”, referiu Rena Carlson, em entrevista.
Alguns especialistas do New Hampshire focaram a sua investigação numa nova bactéria, mas até ao momento os antibióticos têm sido ineficazes como tratamento desta doença. Rena Carlson recomenda aos donos de cães que actualizem a vacinação dos seus animais e procurem ajuda veterinária caso demonstrem algum sintoma.