Disco de poeiras em torno de uma estrela de outra galáxia descoberto pela primeira vez

A uma distância de 163 mil anos-luz da Terra, este é “o disco mais distante em torno de uma estrela maciça alguma vez detectado directamente”.

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O disco fica em torno de uma estrela jovem na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha da nossa M. Kornmesser/ESO
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Um disco em torno de uma estrela jovem na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha da nossa, foi descoberto por uma equipa internacional de astrónomos, naquela que é a primeira vez que um disco deste tipo, idêntico aos discos de poeiras que formam planetas na nossa Via Láctea, é encontrado fora da nossa galáxia.

A descoberta foi feita com a ajuda do telescópio ALMA (acrónimo de Atacama Large Millimetre/submillimetre Array), no Chile, do qual o Observatório Europeu do Sul (ESO) é um parceiro. Em comunicado, o ESO destaca que as observações “revelam uma estrela jovem de grande massa a crescer e a acumular matéria do meio que a envolve, dando assim origem a um disco em rotação”.

“Quando vi pela primeira vez provas de uma estrutura rotativa nos dados do ALMA, nem queria acreditar que tínhamos detectado o primeiro disco de acreção [acumulação de matéria] extragaláctico”, explica, em comunicado, Anna McLeod, professora associada da Universidade de Durham, no Reino Unido, e autora principal do estudo publicado esta quarta-feira na revista Nature. “Sabemos que os discos são vitais para a formação de estrelas e planetas na nossa galáxia e, pela primeira vez, temos agora provas directas da ocorrência do mesmo fenómeno noutra galáxia.”

A uma distância de 163 mil anos-luz da Terra, este é “o disco mais distante em torno de uma estrela maciça alguma vez detectado directamente”, segundo revela a Universidade de Durham em comunicado.

“Ser capaz de estudar como as estrelas se formam a distâncias tão incríveis e numa galáxia diferente é muito excitante”, conclui Anna McLeod.

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