Antes do tudo ou nada na Europa, Schmidt vê um Benfica “bom”

Na antevisão da partida contra o Inter na quinta jornada da Liga dos Campeões, o treinador justificou o falhanço na prova com as saídas, as lesões e a dificuldade de adaptação dos reforços.

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Roger Schmidt considera que o Benfica atravessa uma boa fase EPA/FILIPE AMORIM
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Na véspera, à margem da Gala das Campeãs, evento que homenageou atletas e clubes do futebol e futsal feminino português, Rui Costa foi claro sobre o balanço da época internacional do clube em 2023-24: “É uma evidência que foi um falhanço.” Porém, menos de 24 horas depois de o presidente do Benfica ter falado, o discurso do treinador “encarnado” seguiu um rumo diferente. Na antevisão da 5.ª jornada da Liga dos Campeões, Roger Schmidt desvalorizou os resultados na prova, disse que não tem “de olhar para os quatro jogos que passaram” e apontou para o que considera ser a razão dos problemas: as saídas de Grimaldo, Gonçalo Ramos e Enzo Fernández, às quais juntou as lesões e as dificuldades de adaptação dos reforços.

Foram 13 minutos e dez perguntas — a primeira em inglês [da BTV]; as seguintes em português —, durante as quais Schmidt mostrou sempre algum desconforto e nunca esboçou qualquer sorriso. Fora dos oitavos-de-final da Champions, prova na qual ainda não somou qualquer ponto, mas ainda com hipóteses de ultrapassar o Red Bull Salzburgo na luta por um lugar na Liga Europa, o treinador alemão começou por revelar o que espera do Inter Milão, adversário desta noite.

Para o técnico, “apesar de estarem qualificados”, os italianos não vão desvalorizar a partida em Lisboa, uma vez que há “uma grande diferença em ser primeiro ou segundo no grupo”. Schmidt considera, de resto, que o adversário “é uma das melhores equipas do momento na Europa” e que continua “a mostrar um futebol físico e inteligente”. “Podem ir longe na competição”, vaticina.

“Dois bons jogos”

A partir daí, o ponto de mira das questões passou a centrar-se mais no Benfica do que no Inter. Para o treinador das “águias”, depois de sofrer a quarta derrota no Grupo D, no País Basco, frente à Real Sociedad, a sua equipa mostrou “uma boa reacção em Portugal”: “Jogámos dois jogos bons em casa [contra o Sporting e o Famalicão]. Mostrámos o futebol que esperam de nós.”

Se, a nível exibicional, Schmidt considera que os problemas estão ultrapassados, na análise ao rendimento dos principais reforços o treinador justifica as dificuldades com as lesões e os problemas de adaptação. “Kokçu ainda não está a 100 por cento” e, no entender do técnico, precisa de ser utilizado em “todos os jogos para desenvolver as dinâmicas com os companheiros”. Já os avançados estão a ter “espaço de desenvolvimento”, mas não chega: “Para ser avançado do Benfica, é preciso o pacote completo: jogar todos os tipos de futebol, pressionar e ganhar bolas. Mostrar qualidade com bola, seja em combinações ou presença na área”.

Quanto a Jurásek, lateral que está no Benfica há cinco meses, “teve um bom início, mas depois lesionou-se e esteve algumas semanas de fora”. “É normal que jogadores que chegam de uma liga mais pequena precisem de algum tempo para se adaptarem”, considera Schmidt, que colocou o checo ao nível de Bah.

Líder da Serie A e já apurado para os “oitavos”, a posição do Inter, de Simone Inzaghi, é bem mais cómoda do que a dos “encarnados” e, na deslocação a Portugal, o treinador dos “nerazzurri” terá já o jogo do fim-de-semana (em Nápoles), para a Liga italiana, no pensamento.

Assim, na Luz, os finalistas da última edição da Liga dos Campeões devem poupar vários titulares e incluíram na convocatória três sub-19: Giacomo Stabile, Aleksandar Stankovic e Issiaka Kamaté.

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