Polícia condenado pelo homicídio de George Floyd esfaqueado na prisão
Media norte-americanos dizem que Chauvin foi atacado com uma arma branca e transportado para o hospital. O seu estado de saúde é estável. Procurador que o acusou condenou o ataque.
O agente da polícia de Mineápolis condenado em 2021 pelo homicídio de George Floyd ficou ferido depois de ter sido esfaqueado na prisão onde está a cumprir uma pena de 21 anos. O estabelecimento prisional de Tucson, no estado norte-americano do Arizona, confirmou que "um indivíduo detido" naquela instituição tinha sido atacado. A família confirmou a vários meios de comunicação social norte-americanos, incluindo a Associated Press e o New York Times, que se trata de Derek Chauvin.
O ataque ao ex-polícia norte-americano, acusado de homicídio involuntário após a morte de Floyd, em 2020, durante uma detenção, aconteceu às 12h30 locais. De acordo com os relatos da prisão de Tucson, "os funcionários que responderam à ocorrência iniciaram medidas para salvar a vida" de Chauvin, que foi depois transferido para um hospital. A família diz que a sua condição clínica é estável.
Derek Chauvin colocou o joelho sobre o pescoço de George Floyd, um norte-americano negro de 46 anos que havia sido detido por suspeitas de utilizar uma nota falsa de 20 dólares. No vídeo que testemunha os últimos momentos da vida de Floyd, pode ouvir-se a vítima a pedir por socorro uma vez que não conseguia respirar. Os apelos foram ignorados e Floyd morreu asfixiado às mãos do agente policial.
O caso reacendeu o debate nos Estados Unidos sobre a violência policial contra civis, sobretudo em relação à comunidade afro-americana e às minorias. O movimento "Black Lives Matter", erguido em 2013, foi um dos principais envolvidos da discussão pública sobre o tema e, de regresso às manchetes dos jornais, esteve por trás de manifestações em todo o mundo pelo fim do racismo e da violência policial.
Chauvin chegou a enfrentar uma pena de 22 anos e seis meses de prisão efectiva, mas acabou por ser condenado a 21 anos de prisão após ter confessado os crimes de que estava acusado. O joelho do agente permaneceu sobre o pescoço de George Floyd — que tinha perdido o emprego de segurança pouco antes, à conta da pandemia — durante mais de nove minutos.
Keith Ellison, procurador-geral do Minnesota, cujo gabinete acusou o polícia, já reagiu ao ataque contra Chauvin, confirmando que foi notificado sobre o que aconteceu nesse mesmo dia. "Estou triste por saber que Derek Chauvin foi alvo de violência. Ele foi devidamente condenado pelos seus crimes e, como qualquer indivíduo detido, deve poder cumprir sua sentença sem medo de retaliação ou violência.".