O conflito sem sentido que paira sobre os palácios

António Costa abdicou das falas mansas para responder a Marcelo, porque está metido num inquérito criminal e tem pouco tempo para proteger o seu nome e salvar a sua carreira política.

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1. Não bastava a incerteza, a crispação ou o desconforto de uma crise provocada por um inquérito judicial que pôs em causa a ética e a lisura do Governo e acabou por fazer o que moções de censura, eleições, a pandemia ou greves ferozes não tinham conseguido fazer: derrubá-lo. Neste clima em que se mistura a perplexidade, o receio e a raiva que um falhanço sempre merece, só nos faltava que a guerra fria entre o Presidente da República e o primeiro-ministro se intensificasse. As escaramuças dos últimos dias não bastam para confirmar uma corrida às armas, mas são suficientes para que se possa recear uma escalada. Perante tanta tensão, uma palavra basta para incendiar a pradaria. E palavras não têm faltado. Espera-se que os palácios falem mais para curar e menos para agravar a ferida aberta da crise.

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